Tu sabe. Não são dias tranquilos.
O capitalismo avança, a natureza encolhe. Nossas comunidades cada vez mais atomizadas, nossas relações “humanas” sendo mediadas mais por máquinas que por contato genuinamente humano. Ascensão global do fascismo.
Sim. Tu tá bem ciente de todos esses problemas.
Talvez se sinta ansiosa, impotente, quando se fala sobre esses temas. Com alguma sorte, tens um grupo de amigos ou semi conhecidos com quem consegue conversar sobre esses assuntos, sem que seja visto como (ou se sinta) uma conspiracionista delirante.
Para todos os casos, te trago uma preciosa boa notícia: Você não está só.
Esse não é um convite para fundarmos mais uma “organização revolucionária” e (ainda) não é um chamado à marcharmos para uma revolução com R maiúsculo.
Esse é um chamado para anarquistas e pessoas libertárias de todas as esferas. O que proponho, é que a gente some nossos conhecimentos, vontades e vivências, para criarmos comunidades unidas e resilientes. Para praticar, planejar e discutir sobre qual mundo queremos para o tal “futuro” e como construímos ele hoje, entre nossos compas e vizinhos. Sem pressa ou desespero, mas sem esperar nenhum dia mais.
Quais são as ameaças mais imediatas à nossa existência, e quais as saídas à curto e longo prazo ?
Como cada bioma e território dominado pelo Estado do Brasil será afetado nos próximos anos e como faremos para alimentar e manter nossas comunidades seguras? Quais são os grupos reacionários e fascistas mais propensos a tirarem vantagem de um fechamento de regime, ou da ausência total do Estado? Quais e como itens de primeira necessidade e commodities podem ser estocados com segurança ? Quais estão mais propensos a sumirem das prateleiras? Quais as plantas mais indicadas para plantio de guerrilha?
Eu não sei a resposta pra nenhuma dessas perguntas, então, conto vocês pra me ajudarem.
Vamos juntes e otimistas, em direção ao colapso :)
[1984]
Para contatos futuros, escreva para librosparaninxslibres@riseup.net
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