Piotr Kropotkin

Por Kauan Willian | 03/10/2021

Aspectos do pensamento social do revolucionário russo: sincronia desde baixo, ecologia, internacionalismo e sindicalismo combativo

Nada esperes da humanidade se tu próprio paralisas tua força de ação” (Piotr Kropotkin).

Era uma congelante madrugada, no dia 8 de fevereiro de 1921, quando um dos mais influentes anarquistas e socialistas de todos os tempos faleceu. Seu funeral na Rússia soviética foi massivo, mais de 100 mil pessoas desfilaram em um cortejo de 8 km na cidade de Moscou até o cemitério de Cemitério Novodevichy. Centenas de bandeiras de organizações políticas, grupos científicos, sindicatos e organizações estudantis estavam hasteadas, não só anarquistas. O comitê central soviético, nesse período reprimindo libertários, não conseguiria barrar a homenagem a um militante, teórico e pessoa tão bem quista diante dos trabalhadores e outros oprimidos naquele país e no mundo. Não só autorizaram a organização desse grande evento, mas também libertaram alguns detidos políticos para participarem dele (MORRIS, 2007).

No mundo inteiro, o movimento operário de diversas matizes, entre China, Itália, Espanha, Argentina, Estados Unidos e muitos outros, prestaram homenagens, ou mesmo atos e greves diante da morte do anarquista russo Piotr Kropotkin. Muitos revolucionários, mesmo posteriormente comunistas, como Astrojildo Pereira, por exemplo, diziam que entre suas obras iniciadoras no campo socialista estavam “A Conquista do Pão” (1892). Mais do que isso, suas obras como essa e “Mutualismo: um fator da evolução” (1902), seus escritos no periódico La Revolté, assim como suas cartas para sindicatos, grupos revolucionários e associações diversas, circularam em grandes eventos como a Revolução Mexicana, sendo veiculados pelos irmãos Ricardo e Enrique Flores Mágon, e a própria Revolução Russa, por Volín, e outros socialistas (HIRSH; VAN DER WALT, 2010). A influência do revolucionário russo vai além das primeiras décadas do século XX, e foi retomada pelas ideias da ecologia social de Murray Bookchin nos anos 1960, e citado por Abdullah Öcalan, influenciando a Revolução Curda (2013).

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Na mata distante,
flores de jacarandá –
Festa da natureza.

Benedita Azevedo