Nosso companheiro, amigo e irmão Martín Arnal faleceu. Seu corpo irá à terra ou ao fogo, mas sua lembrança, sua humanidade e sua luta permanecerão intactas em nossa memória e perdurará em nós seu exemplo.
Martín, curtido na luta integral anarquista. Comentava, como reflexão que, ainda que os pobres não sabiam ler e escrever, se juntavam para pensar, organizar-se e avançar.
O trabalho humilde que o define como obreiro anarquista, é o que hoje, no dia de sua morte, não faz mais que uni-lo ao infinito no qual se encontra todo ser humano que leva um mundo novo no coração. Apaixonado de sua terra natal (Angüés) e de acolhida (Toulouse) mas sobretudo com a humanidade por cada lugar pelo qual passava.
A CNT de Huesca seu sindicato e sua casa. Sua simples presença fazia com que os companheiros e as companheiras guardassem silêncio para escutar, não a autoridade, mas aquele que com sua experiência podia nos relatar as obras que se realizaram na revolução social e libertária. Estudadas e lidas por tantos e tantas. Entre seus companheiros e companheiras, também, podiam ser vividas com cada história e relato que contava nosso querido companheiro. Há quem o conheceu já velho e outros levavam toda a vida com ele, mas suas memórias, livros e documentos gráficos nos acompanharão toda a vida.
Que se estude, que não se esqueça e que se lute, que lutemos por uma sociedade mais humana, mais justa e mais livre é pelo que lutou Martín, e o que desejaria que continuemos fazendo os que aqui ficamos.
O esforço dos que lutaram sirva de luz para os que ficam aqui. Tua companheira Ángela, Román, e teus companheiros e companheiras que se foram antes, viram como tua luta não retrocedia. Assim que, querido companheiro, a nossa tampouco o fará pelos que venham depois.
As montanhas te servirão de colchão e o vento de lençol. Não te esqueceremos.
Que a terra te seja leve companheiro!
Teus companheiros e companheiras do SOV CNT Huesca
21 de outubro de 2021
CNT Huesca-Monzón
Tradução > Sol de Abril
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Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!