A dois anos da Revolta de Outubro, nada está quitado
Que nossas práticas potencializem e se encaminhem a uma nova guerrilha urbana
Porque combater a impunidade dos assassinos, mutiladores e torturadores será nossa vitória
Caída a noite de 17 de outubro, instalamos um artefato explosivo no interior da sede da Academia Nacional de Estudos Políticos e Estratégicos (ANEPE), nas vésperas de uma nova comemoração da revolta de Outubro.
Este local colaborador em matéria de segurança Estatal e manutenção da ordem pública realiza permanentes atividades acadêmicas dirigidas a elementos policiais, em termos de inteligência, estratégias investigativas e contrainsurgentes. É um órgão repressivo dependente do Ministério de Defesa, que também compartilha conhecimento internacionalmente com Estados como o de Espanha, Colômbia, Israel, etc.
Diferentes acadêmicos deste antro do Poder escreveram sobre práticas e tendências anárquicas, tratando de analisar nossas ideias, dinâmicas e propostas, com textos de pretensos estudos acerca de projetos internacionais (Internacional Negra/FAI-FRI) ou o panorama atual de nossos entornos.
Héctor Barros, funcionário de turno na Promotoria Sul, realizou cursos de inteligência e investigação na ANEPE, assim como Gonzalo Blu que esteve a cargo da DIPOLCAR nos tempos da chamada Operação Huracán, demonstrando que este local só se encontra destinado ao aperfeiçoamento das polícias, juízes e promotores, e não de “todos os chilenos” como asseguram desde este centro.
Hoje completam dois anos daquele 18 de Outubro que acendeu a mecha a este barril de pólvora, das ruas brotava fogo, destruição e nossos olhos viam ao horizonte a expansão da Guerra Social. Nossas energias e perspectivas estão no aumento das ações que potencializam a nova guerrilha urbana para combater a impunidade dos que assassinaram, cegaram e torturaram durante essas datas.
A propósito dos conspiranóicos de sempre, bastante se estendeu o discurso da montagem, seja por práticas de propaganda pelo fato ou os incêndios que em seu momento afetaram estações de metrô. Inclusive anarquistas, e setores com uma história de combate, chegaram a difundir estes discursos aniquiladores de capacidades destrutivas e elevando um status vitimista. Chamamos a seguir confiando em nossas capacidades e conhecimentos para que a paz social não seja o botim dos Poderosos e que se dominem nossas vidas sob a falsa ilusão de um “oásis”.
A quase uma semana de que o Estado Chileno tenha decretado a militarização do Wallmapu, nos solidarizamos com a resistência Mapuche e saudamos as ações de sabotagem e ataque.
Solidariedade Revolucionária com os presos Anarquistas, subversivos, mapuche e da revolta
A 14 anos de iniciada a perseguição contra Juan e Marcelo
Porque existe todo um mundo por destruir, a multiplicar o acionar autônomo
Recordamos aos companheiros Mauricio Morales, Sebastian Oversluij, Claudia Lopez e todos que morreram em ação
Fracción Autonómica Cristián Valdebenito¹
[1] É assassinado em 6 de março na Plaza Dignidad durante enfrentamentos com a polícia após ser impactado por uma bomba lacrimogênia em sua cabeça. Constantemente participava nas manifestações e colaborava com o ataque contra os esbirros do Poder. O reconhecemos como um irmão e companheiro de batalhas na rua durante a revolta de Outubro.
agência de notícias anarquistas-ana
Não se preocupem, aranhas,
Eu limpo a casa
casualmente.
Issa
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!