
Em 1946, em Paris, Georges Brassens cultivou a amizade com alguns ativistas anarquistas de seu bairro, concretamente com o pintor Marcel Renot e com o poeta Armand Robin (de quem em Pepitas publicamos um livro extraordinário – por sua impressionante lucidez— intitulado La falsa palabra), e estes encontros decisivos, somados à leitura de alguns clássicos libertários – Bakunin, Kropotkin e Proudhon, entre outros—, levaram a um jovem Brassens a envolver-se no movimento anarquista e a colaborar ativamente durante uns meses com Le Libertaire, o órgão da Federação Anarquista, e também, ocasionalmente, no boletim da CNT na França. Em Le Libertaire, Brassens exerceu como revisor e secretário editorial, além de redigir numerosos artigos. Nesse momento, os artigos do jornal não apareciam assinados ou o faziam sob pseudônimo. Se sabe com certeza que Brassens assinou como Geo Cédille e como Gilles Colin, e ainda que pelo conteúdo e o tom há outros muitos textos onde se intui a pena de Brassens, seria pretensioso atribuir-se com certeza.
Estes escritos libertários, que pela primeira vez se publicam em espanhol, são, como suas canções, um canto contra os gendarmes e os militares, contra o parlamentarismo e os políticos, contra a religião e o dinheiro, contra todas as formas de escravidão e hipocrisia humanas, e manifestam o alcance contestatório, às vezes violento, da obra de um homem que sempre fugiu dos dogmas e do maniqueísmo, que viveu fiel a seu compromisso com a liberdade e a seu rechaço da ordem estabelecida.
Escritos libertarios
Georges Brassens
Fundación de Estudios Libertarios Anselmo Lorenzo – Pepitas de Calabaza Ed. Colección Biblioteca de la anarquía, 1. Madrid 2021
112 págs. Rústica 17×12 cm
ISBN 9788417386566
11,50 €
www.pepitas.net/
Tradução > Sol de Abril
agência de notícias anarquistas-ana
Galhos desfolhados.
Só as brácteas coloridas
da altaneira poinsétia.
Josete Maria Vichineski
Anônimo, não só isso. Acredito que serve também para aqueles que usam os movimentos sociais no ES para capturar almas…
Esse texto é uma paulada nos ongueiros de plantão!
não...
Força aos compas da UAF! Com certeza vou apoiar. e convido aos demais compa tbm a fortalecer!
Não entendi uma coisa: hoje ele tá preso?