[Grécia] Em Tessalônica, grupo assume responsabilidade por ataque a um banco

6/12 marca o 13º aniversário do assassinato do estudante anarquista Alexis Grigoropoulos pelos policiais Korkoneas e Saraliotis. A “normalidade” morreu da noite para o dia. A palha que quebrou as costas do camelo levou milhares de secundaristas, universitários, migrantes, trabalhadores de todo o país a tomar as ruas, a manifestações violentas, a greves em massa, a ataques contra alvos estatais e capitalistas.

Dezembro de 2008 tornou-se o veículo de uma revolta que deu esperança àqueles oprimidos e excluídos pelo Estado e pelo capital. Durante a noite, após anos de “estabilidade” social, os tumultos proletários de dezembro reabriram os desafios da resistência social e da revolução na Grécia pós-comunista. A revolta de 2008, as ocupações, os confrontos, mas, sobretudo a percepção de que não temos nada a perder e a percepção de que o inimigo não é invulnerável, deixaram um legado importante para as resistências na década de repressão, pobreza e exploração que se seguiu.

Hoje, 13 anos depois, em tempos de crise, o Estado está intensificando seu ataque contra os que vêm de baixo. Tendo abandonado o sistema de saúde pública em meio a uma pandemia, ele escolheu o caminho da repressão. Bate nos estudantes, suprime o asilo universitário, ataca as ocupações, proíbe manifestações, desencadeia uma onda de perseguição contra anarquistas e militantes sem provas com o único objetivo de cortar qualquer perspectiva de revoltas no aqui e agora.

Como parte desta estratégia, durante o ano passado o combatente P. Georgiadis tem sido mantido refém pelo Estado. A polícia, a mídia e as autoridades judiciais tentaram, desde o primeiro momento, criar um clima adequado a fim de manter o camarada preso e isolado das lutas sociais, tanto quanto possível. Eles atualizaram as acusações e repetidamente tentaram ligar seu caso sem sucesso com a ação da OLA (Grupos de Combatentes Populares). Em 6/12 ele vai a julgamento diante de acusações de crimes agravados de posse de explosivos.

Assumimos a responsabilidade pelo ataque ao banco Eurobank no centro de Tessalônica na noite de sexta-feira 3/12, porque solidariedade significa atacar o Estado e o capital. Estamos deixando claro que não deixaremos ninguém sozinho em suas mãos e continuaremos ao lado deles nos mesmos termos de luta e ação diversificada.

LIBERDADE PARA O LUTADOR POLYCARPOS GEORGIADIS

SOLIDARIEDADE AOS 2 CAMARADAS PERSEGUIDOS

ABAIXO E FOGO EM TODAS AS CELAS

6 DE DEZEMBRO TODOS NAS RUAS

Μητροπολιτική Ομάδα Καταστροφών (Grupo Metropolitano Catástrofes)

Fonte: https://athens.indymedia.org/post/1615781/

Tradução > solan4s

agência de notícias anarquistas-ana

Vento refrescante
que se contorcendo todo
chega até aqui.

Issa