[Grécia] Mensagem de resistência do anarquista preso Thanos Xatziagkelou

Quando começamos a contar as horas para a perda total da liberdade, nas prisões de isolamento, cada momento ganha seu próprio significado existencial. Um sorriso, um toque, o calor da voz de um camarada em uma fria chamada telefônica, os cantos do lado de fora da sala de interrogação são as chamas que queimam no seu coração, te lembrando que nada acaba. A guerra tem suas baixas. Mas nada nos foi dado, quando estendemos a mão, não nos deram nada. Não conquistamos nada rezando.

O branco, traiçoeiro, inumano de seus olhos me lembrou o armistício em um campo de batalha

Nessa vida, tudo é ganho através de convicção e dedicação ao campo da luta social. Com esforço nas batalhas e tensão incansável. Através da minha pequena contribuição à evolução da guerra de classes, para além dos meus erros e minhas contradições, se há algo que me caracteriza é a consciência social e o compromisso ao dever revolucionário. Essas são as duas coisas que, em algumas noites, se tornaram uma corda ao redor do seu pescoço e não te deixa dormir. Gritos, soluções, e mesmo silêncios despertam, e te enfurecem, te enfurecem, te armam. Responsabilidades camaradas. Nós temos responsabilidades. Tenho orgulho de todas aquelas noites sem descanso, que escolhi olhar as estrelas. Eu permaneço inabalável, sem arrependimentos, e furioso como nunca, pois eu defendo meu cativeiro com orgulho, contra a liberdade morta da decadência.

Todos meus pensamentos, amor e apoio permanecem firmes ao lado dessas duas pessoas que estão aprisionadas ao meu lado, dando o melhor de nós nessa luta. Na luta contra o absurdo da repressão. Já eu, eu quero te lembrar que a revolução contra a tirania é uma história que permanece em aberto. E a violência revolucionária deve ser uma via inegociável.

Camaradas, até que nos encontremos nos campos de batalha, não devemos nos conformar com nada menos que tudo.

Abaixo o Estatismo, Vida Longa à Anarquia

Thanos Xatziagkelou

Tessalônica Delegacia de Polícia
Terça-feira, 10/02/22.

Fonte: https://athens.indymedia.org/post/1616971/

Tradução > 1984

agência de notícias anarquistas-ana

é quase noitinha
o céu entorna no poente
um copo de vinho

Humberto del Maestro