[Itália] International Society of Proudhonian Studies

para as barricadas

International Society of Proudhonian Studies (ISPS) é uma comunidade de investigação e intercâmbio de ideias fundada por Juan Pablo Macías que discute e atualiza o legado intelectual do economista e político francês Pierre-Joseph Proudhon (Besançon 1809 – Paris 1865).

Apresentada no sábado 28 de maio de 2022 em Villa Romana (Florência) no marco de Manifestiamo, a sociedade internacional está criando uma biblioteca especializada no pensamento anarquista que serve de ferramenta para analisar e decifrar conceitos como a liberdade, a justiça, a criação, a produção e a descentralização do humano.

Na apresentação interviram: EdouardJourdain, que esboçou os fundamentos e o desenvolvimento do pensamento filosófico de Proudhon; Franco Bunčuga que falou da relação entre o pensador francês e o artista Courbet e Massimo Mazzone que analisou a influência das teorias proudhonianas no mundo das artes desde Duchamp até o dadaísmo, passando pelo situacionismo e chegando às recentes experiências de autoconstrução. Projetaram-se partes de três filmes emblemáticos como Non toccare la donna bianca de Marco Ferreri, Themroc de Claude Faraldo e La proprietà non è piùun furto de Elio Petri.

Proudhon foi um crítico do sistema capitalista sem teorizar a abolição da propriedade privada, até sua difusão entre todos os trabalhadores. No entanto, longe do modelo comunista – que escravizava o indivíduo às necessidades da sociedade – se inspirou, por ventura, no pensamento libertário. Considerou que a propriedade privada é um roubo quando produz renda e expropria o trabalhador do valor produzido. Os trabalhadores devem ser capazes de autogestionar o processo de produção através de uma reorganização da economia e seus modelos, criando uma pluralidade de centros que se equilibrem e ajudem mutuamente. Só assim se pode garantir a justiça e a liberdade.

Matteo Binci

Fonte: http://alasbarricadas.org/noticias/node/48421

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Mosaico no muro.
O gato ensaiando o pulo.
Azuis borboletas.

Fanny Dupré