Reaparição com vida e libertação dos mais de 500 mil presos políticos na Síria

Campanha Internacional

Quinta-feira, 19 de maio de 2022

Apelo feito a todas organizações trabalhistas e organizações de direitos humanos do mundo para que se levantem juntamente com os parentes dos presos na Síria.

Nas ruas de Damascos, milhares de pessoas lutam pela liberdade e o reaparecimento com vida de mais de 500 mil presos políticos que são torturados nos calabouços da Gestapo de Al Assad e Putin!

Há mais de 500 mil detidos por lutar por pão e liberdade na revolução Síria. Há mais de 500 mil que hoje sofrem nas prisões do regime de Bashar Al Assad, um assassino que, junto com Putin e os Aiatolás Iranianos, não hesitou em massacrar centenas de milhares e enterrá-los em covas coletivas, devastando cidades inteiras e sujeitando os detidos aos piores tipos de torturas. Há mais de 500 mil que foram levados às prisões Basharistas, como expansão do imperialismo, da mesma maneira que há 10 mil prisioneiros da Revolução Egípcia, milhares de palestinos que estão nos calabouços do Sionismo, 8 mil presos políticos iranianos e centenas sentenciados a morte e executados nas prisões dos Aiatolás. Essa brutal repressão e massacre imposta pelo imperialismo e seus partidários locais afoga em sangue um grande processo revolucionário para continuar saqueando o petróleo e o gás.

Alguns dos 500 mil prisioneiros sírios tem sido velados como mártires por seus familiares, que apesar de não terem certeza de onde eles estão, se lamentam pelo fato de ter recebido seus documentos de identificação de volta. Muitos outros ainda estão sendo procurados. A única coisa que se sabe é que eles foram capturados pelas forças de Bashar. É conhecido que a maioria deles estão aglomerados, sofrendo os piores tormentos, em matadouros humanos. Essas prisões de Al Assad são ao mesmo tempo legais e clandestinas.

Nos últimos dias, centenas de milhares de parentes dos 500 mil ficaram desolados e enfurecidos com a manobra do regime de Basharista que consistia em anunciar – com grande fanfarra – a suposta libertação de 200 prisioneiros, com o qual ele tenta limpar a sua imagem de criminoso de guerra. A massiva população da Síria não demorou de responder a este ato cínico do regime e imediatamente tomou as ruas das mais importantes cidades gritando “200 livres, mas o povo quer 500.000!”, inclusive marcharam para o centro da capital da Síria, Damascos, bem debaixo do focinho do fascismo. Dez mil dos familiares tomaram os mais importantes acessos da cidade e acamparam a poucos quarteirões da casa do governo, na esperança de conseguirem se reunir com seus parentes. Depois de 11 anos de revolução, os oprimidos mais uma vez encheram as ruas da capital contra o regime que subjuga, massacra, aprisiona e matam eles de fome.

Como não poderia ser de outra maneira, Bashar Al Assad não só não libertou os 200 que havia prometido, como reprimiu essa gigantesca manifestação com fúria e uma classe de ódio, e até mesmo aprisionou diversos dos familiares por estarem apenas procurando por seus parentes. Os poucos que foram liberados estavam em condições físicas e mentais deploráveis após passarem anos em carcerárias extremamente desumanas, sofrendo os piores tipos de torturas.

Diretamente da Rede internacional pela Liberdade dos Presos Políticos (International Network for the Freedom of Political Prisoners) nós chamamos todas as organizações trabalhistas, organizações de direitos humanos, etc para em nível internacional tomar em suas mãos a luta pelo reaparecimento com vida e pela liberdade de todos os presos políticos da revolução Síria. Nós queremos os 500 mil com vida e conosco! Essa luta é inseparável da batalha por liberdade dos palestinos e prisioneiros iranianos, dos prisioneiros egípcios e dos libaneses revolucionários, e de todos que estão sendo explorados nas cadeias dos opressores do Oriente Médio e do mundo todo por lutarem pelos seus direitos. Liberdade para todos presos políticos na Síria! Liberdade para todos os presos políticos do mundo!

Fonte: https://athens.indymedia.org/post/1618747/

Tradução > Ligeirinho

agência de notícias anarquistas-ana

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Fernando Manuel Bunga