
O anarquista uruguaio Thomaz Derliz Borche (foto), era maquinista e também trabalhou em restaurantes. Com cerca de 20 anos de idade mudou-se para o Rio Grande do Sul, onde conheceu as ideias libertárias. No dia 2 de maio de 1925, quando participava de um comício operário, em Florianópolis (Santa Catarina), foi preso. Em seguida, enviado para a polícia central do Rio de Janeiro e depois embarcado no ‘Caxambu’ onde, além de cumprir trabalhos forçados, esteve preso com os anarquistas Pedro Augusto Mota (na época diretor do jornal A Plebe), Nino Martins e José Fernandes Varella.
Todos foram enviados naquele ano para a colônia penal da Clevelândia (na prática essa prisão em Oiapoque/Amapá funcionava como um verdadeiro campo de concentração e de extermínio no Brasil). Na Clevelândia morreram os anarquistas: Pedro Augusto Mota, José Maria Fernandes Varela, Nicolau Paradas, José Alves do Nascimento e Nino Martins.
Thomaz Derliz Borche descreveu da seguinte maneira o tempo que passou lá: “O desterro foi duro. A região é pestilenta e foi enorme a mortandade, conforme já é de domínio público“. Porém o anarquista uruguaio conseguiu sobreviver a experiência, no dia 1° de dezembro de 1926, veio na primeira leva, com outras pessoas, para o Rio de Janeiro. Muito debilitado, retornou em seguida para o Uruguai, onde viveu até outubro de 1962.
Logo após a sua prisão, entrou em contato com o periódico anarquista A Plebe, para felicitar seus companheiros e desejar vida longa ao jornal. Na ocasião escreveu: “Camaradas! Tende confiança e perseverança na nossa luta pela causa dos oprimidos, dos explorados, luta essa que um dia há de abater o regime de tirania e de extorsão, estabelecendo a sociedade do homem livre sobre a terra livre. Organizemos grupos de propaganda e cultura social, trabalhemos pela organização dos trabalhadores em sindicatos de indústrias, reunidos nas federações locais e estaduais, evitando por todos os meios a intromissão da polícia entre as associações obreiras, tenha ela o rótulo que tiver, demonstrando a sua falência em todos os tempos, patenteando a burla do parlamentarismo, defendido agora pelos desorganizadores do operariado, pelos mistificadores que se infiltram entre a classe trabalhadora“.
agência de notícias anarquistas-ana
Tronco esburacado –
Pica-pau busca alimento
com muitas bicadas.
Madô Martins
Perfeito....
Anônimo, não só isso. Acredito que serve também para aqueles que usam os movimentos sociais no ES para capturar almas…
Esse texto é uma paulada nos ongueiros de plantão!
não...
Força aos compas da UAF! Com certeza vou apoiar. e convido aos demais compa tbm a fortalecer!