Por Sarah Honosky | 12/07/2022
Na luta por estabelecer permanentemente um espaço comunitário acessível na rápida expansão gentrificadora da cidade, a Firestorm Books de West Asheville comprou o local do antigo Dr. Dave’s Automotive — e planeja doar o novo terreno adquirido ao Asheville Community Land Trust.
“Isso nos dá a estabilidade a longo prazo que precisamos enquanto cria um patrimônio comunitário permanente que será removido do mercado especulativo,” declarou o membro do Firestorm Collective Libertie Valance em uma publicação de 11 de julho.
A propriedade seria a primeira propriedade comercial no inventário do fundo de terras.
A Firestorm Books será realocada no local da antiga oficina, 1022 Haywood Road, no início de 2023, a 1.5km de sua localização atual.
Não apenas cimentar um novo lar, a parceria com um fundo de terras local pretende cravar um espaço queer duradouro em Asheville, com um “recurso comunitário democraticamente gerido capaz de sobreviver além da pequena livraria,” de acordo com a narrativa postada na página da campanha de financiamento coletivo da livraria.
A livraria queer, anarquista, feminista anunciou sua aquisição de $450,000 do edifício de 2.880m² no dia 9 de julho, e os planos cadastrados na prefeitura incluem um pátio externo, estacionamento, uma sala de reuniões privativa, espaço para um extenso inventário e um terraço solar.
“Estamos muito animados e animadas,” declarou Ash Wilde, membro do coletivo e participante da cooperativa de 14 anos. “Achamos que seria uma experiência maior e melhor para as pessoas que já estão familiarizadas com a Firestorm.”
Inaugurada no centro de Asheville em 2008 como um negócio administrado pelos funcionários e funcionárias que também são proprietários e proprietárias, a Firestorm se mudou para a localização em West Asheville, 610 Haywood Road, em 2014.
Embora a cooperativa seja dona do prédio, após a conclusão da construção, o terreno será transferido ao fundo de terras.
O Asheville-Buncombe Community Land Trust é uma entidade sem fins lucrativos fundada em resposta a um relatório de 2014 sobre a gentrificação e o despejo de residentes pretos e pretas do bairro de East Riverside. A organização visa criar espaços comunitários, residenciais e comerciais acessíveis, com comprometimento com a justiça racial.
Como um coletivo anarquista, a propriedade privada do terreno não se alinha com a visão da Firestorm, declarou Wilde, e a doação ao fundo de terras garante um patrimônio permanente à comunidade.
A Firestorm aluga seu espaço atual, e a aquisição do novo prédio significa não apenas uma marca maior, mas também uma maior estabilidade e segurança financeiras para a livraria em si, sem a dependência de um proprietário.
“Planejamos ficar ali por um longo período de tempo e oferecer ainda mais de o que as pessoas já amam,” declarou Wilde.
Para financiar a compra da propriedade, a Firestorm se associou com a Seed Commons, uma rede nacional de fundos monetários que apoiou anteriormente a PODER Emma de Asheville ao adquirir terras para parques de casas móveis em que os e as residentes são também proprietários e proprietárias.
A Firestorm busca também aproximadamente $50,000 em doações da comunidade para as renovações planejadas, incluindo o pátio de madeira, um sistema de energia eficiente HVAC, custos da mudança e o terraço solar.
Os portões de garagem alocados na fachada e o espaço externo acessível significam um retorno aos eventos presenciais e ao seu café orgânico, ambos em pausa desde o início da pandemia de COVID-19.
Wilde vê portas de vidro e uma decoração industrial, com ambientes arejados que farão as reuniões e visitas mais seguras durante a pandemia, embora antecipe que continuarão a ter eventos online para aqueles em risco maior.
Wilde afirmou que a resposta da comunidade à realocação e expansão foi “incrivelmente positiva, se não um pouco demais.”
“Não há livraria comunitária sem a comunidade. Não existe Firestorm Books and Coffee sem significativo apoio da comunidade,” declarou Wilde.
“É um local no qual as pessoas podem vir e se ver refletidas nas prateleiras, no inventário que estocamos […[, onde todos os tipos de pessoas podem se ver refletidas nas páginas.”
A coleção, centrada em edições queer, feministas e orientadas para movimentos sociais, crescerá com a expansão do espaço de acordo com o financiamento coletivo da página da campanha e a inauguração está prevista para fevereiro de 2023, embora atrasos estejam previstos durante as renovações do prédio de garagem de 1956.
>> Para apoiar a campanha de financiamento coletivo:
Tradução > Sky
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Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!