DEBATE NO JARDIM ÂNGELA: POLÍTICA ALÉM DO VOTO – UMA PROPOSTA EVOLUTIVA PARA O CÔMODO VOTO NULO
CAMINHAR PARA UM NOVO ANARQUISMO, NÃO ESTAMOS MAIS NO SÉCULO XIX
Evoluir o Anarquismo junto com a quebrada é a nossa missão. Partindo desse princípio entendemos que passou da hora de nossas propostas avançarem significativamente dentro da realidade das comunidades, pôr um fim a ideia que o Anarquismo é apenas uma utopia distante de nós.
O evento foi marcado por atividades culturais, educacionais e pautando sempre a ancestralidade preta e indígena, visto que são essas as nossas ferramentas rumo a uma nova consciência popular.
Se fazer presente politicamente na vida das pessoas vai além do discurso óbvio da tão sonhada revolução. Domingo significou algo para além do que a proposta de doutrinar ou criar massas que pensem da mesma forma.
Construir um novo modelo de atuação anarquista é urgente e claramente é sentido em qualquer lugar que você vá quando a proposta é sobre ir além dos políticos atuais.
“BELEZA VAMOS VOTAR NULO, MAS E DEPOIS?”
O voto nulo por aí só nunca nos levou a lugar nenhum, portanto que fique claro que a proposta mais objetiva é criar comitês de luta dentro dos bairros, com uma participação ativa de toda comunidade. Que consiga reivindicar desde uma área de lazer até a ponte que nunca foi construída. E cada vez mais que essa reivindicação se torne mais profundamente revolucionária e ativa dependendo da radicalidade que o momento nos exige!
COMITÊS DE BAIRRO TOTALMENTE AUTÔNOMOS
Incentivar reuniões periódicas sem o aparelhamento dos partidos, ou o toma lá da cá dos políticos. E nunca negar o cerne anarquista e libertário em tudo isso. Essa é a proposta da Frente Anarquista da Periferia (FAP), um povo organizado, autogestionário e consciente. Que consegue ir para caminhos que esse país jamais viu, entendemos que isso é urgente.
COMO FAZER ISSO?
Se utilizando da cultura, da educação e do reconhecimento da nossa ancestralidade sabemos que podemos ir longe e que podemos sim mudar, nem que seja no mínimo, várias realidades periféricas. Temos nas quebradas os mais diversos coletivos e organizações culturais e educativas que podem se unir e pensar cada vez mais a formação dessas estruturas, já passou da hora dessa união organizativa. Sempre frisando o caráter libertário e autônomo das organizações que fizermos para não cair na cooptação de nenhuma entidade partidária. Sabemos que dentro da periferia temos lutadores das mais variadas vertentes políticas, mas enquanto Anarquistas precisamos levantar essa bandeira da autonomia dos povos. E principalmente construir a consciência de classe, a consciência de que somos um povo! Está é a principal arma que temos se quisermos de fato uma mudança da mentalidade atual para uma mentalidade revolucionária. Reconhecer nossas origens quilombolas, indígenas, nossa africanidade e ancestralidade. É um pequeno passo, mas já é muito! Para que mesmo que elejam um crápula pior que este que está aí, estejamos unidos e fortes!
Esta é nossa missão e não iremos descansar.
MAS ISSO NUNCA VAI SER UMA RECEITA DE BOLO. VOCÊ PODE SE ORGANIZAR DA FORMA COMO QUISER, O IMPORTANTE É SE ORGANIZAR!!!
Frente Anarquista da Periferia (FAP)
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No olho da rua.
André Vallias
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!