[México] Sem Deus, nem pátria, nem amo: jornais anarquistas da América Latina digitalizados e de acesso livre

A enorme coleção de jornais anarquistas de Max Nettlau foi digitalizada

Por Patricia Ruiz | 06/13/2022

Max Nettlau nasceu em Neuwaldegg, hoje uma parte de Viena, em 30 de abril de 1865 e morreu em Amsterdam em 23 de julho de 1944 por causa de um câncer de estômago que nunca apresentou sintomas.

Nettlau foi historiador, linguista e filólogo. Graças a sua paixão pelo estudo das línguas passou um tempo em Londres estudando galês, onde se uniu à Liga Socialista.

Enquanto esteve em Londres conheceu Errico Malatesta e Piotr Kropotkin, autores fundamentais do anarquismo com os quais se manteve em contato o resto de sua vida. Também se envolveu na fundação da editorial Freedom Press, para a qual escreveu durante muitos anos.

Na década de 1890, Nettlau notou que muitos militantes socialistas e anarquistas estavam morrendo, pelo que seus arquivos de textos e correspondências estavam se perdendo ou estavam sendo destruídos. Graças a uma pequena herança de seu pai, conseguiu resgatar este material de sua destruição. Mas além de um grande trabalho de preservação de textos e correspondências, fez muitas entrevistas a veteranos militantes que hoje servem de material para conhecer mais sobre a história dos movimentos anarquistas e seus personagens. Como parte de seu trabalho como estudioso dos movimentos anarquistas escreveu biografias de muitos anarquistas famosos, entre eles Mijaíl Bakunemn, Élisée Reclus e Malatesta.

Sua extensa coleção de arquivos foi vendida ao Instituto Internacional de História Social de Amsterdam em 1935.

Nettlau também colecionou jornais radicais e anarquistas de toda a América Latina. Graças a um investigador que usou o pseudônimo de Spartacus du Sul, hoje podemos consultar todo este material na Internet Archive (https://archive.org/details/anarquis-molatino?tab=about).

Fonte: https://pijamasurf.com/2022/06/una_de_las_colecciones_mas_importantes_de_periodicos_anarquistas_de_america_latina_ha_sido_digitalizada/

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