A problemática em torno da proliferação das casas de apostas e o jogo patológico voltam a ser protagonistas de mobilizações e iniciativas sociais. Cinco moradores de Burgos enfrentam cinco anos de cárcere por protestar contra a abertura de uma nova casa de apostas em Gamonal.
Desde alguns anos a problemática do jogo patológico e a proliferação de casas de apostas nos bairros de nossas cidades se converteu em uma realidade massacrante. A adesão ao jogo é, em palavras das pessoas especialistas na matéria, “uma autêntica pandemia inserida na juventude como pode ser a heroína nos anos 80”. A localização deste tipo de casas de apostas e cassinos em bairros com rendas mais baixas não é sem importância. Tudo parece indicar que nos encontramos frente a uma estratégia da patronal do jogo para situar este tipo de negócios em áreas urbanas com um componente social mais vulnerável e tornar assim mais rentável sua atividade.
A partir da primavera de 2018 se iniciou em Burgos, com especial incidência no bairro de Gamonal, uma campanha de mobilização de moradores com a qual se denunciava o crescimento exponencial deste tipo de locais que fomentam o vício do jogo. A mobilização fez especial ênfase no rechaço ante a abertura de uma nova casa de apostas na avenida Derechos Humanos de Gamonal.
Embora é certo que, por um lado, o desenvolvimento desta mobilização de moradores fez com que as instituições locais se vissem obrigadas a tomar medidas concretas, entre elas a proibição da publicidade de casas de apostas nos ônibus urbanos, ou a modificação do Plano Geral de Ordenação Urbana para que não se abrissem mais casas de apostas em zonas residenciais (medida que foi recorrida pela patronal do jogo e a Junta de Castilla y León); por outro, também houve pessoas que sofreram em suas próprias carnes o jogo sujo das casas de apostas em forma de criminalização.
Na atualidade cinco moradores se encontram processados por sua participação nas mobilizações contra a abertura da casa de apostas C4SINO da avenida Derechos Humanos em Gamonal. Foram acusados de supostos danos, ameaças e coações e enfrentam uma petição fiscal que poderia supor uma multa de milhares de euros e 24 meses de prisão. Por outra parte, a acusação particular, exercida pela casa de apostas, solicita até 5 anos de cárcere para cada um deles pretendendo aplicar um castigo exemplar aos que se mobilizaram. Estes moradores enfrentam um julgamento que se celebrará nos dias 20 e 21 de dezembro de 2022 no qual terão que demonstrar as incoerências de uma acusação particular que busca amedrontar o movimento de moradores que protesta contra a extensão do vício do jogo.
O jogo sujo das casas de apostas manifesta o caráter perverso deste tipo de negócios que, não só fomenta o vício do jogo, mas que pretende que se castigue com prisão aos moradores que protestaram contra a extensão de uma praga que se nutre do sofrimento e adesão das pessoas. Por tudo isso, fazemos um chamado a retomar a mobilização e denúncia frente a cassinos e casas de apostas que degradam nossos bairros participando nas atividades programadas nas jornadas Fora as calas de apostas de nossos bairros que iniciarão no próximo 14 de outubro, assim como na concentração de apoio que acontecerá no sábado 5 de novembro às 12:30 horas na Plaza Santiago de Gamonal.
Aposta POR TEU bairro!!
SOLIDARIEDADE COM OS MORADORES PROCESSADOS!!
Asamblea Vecinal contra las Salas de apostas
Tradução > Sol de Abril
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