Companheiros, segundo a reportagem sobre a audiência de Mumia Abu-Jamal hoje 16 de dezembro, ele ganhou! Não é uma vitória total. Quer dizer, não sairá livre agora, mas é um importante passo adiante.
Desde cedo, ao redor de 100 compas da Filadélfia, Nova York e Nova Jersey se manifestaram sob a chuva na rua, enquanto outros entraram no tribunal. Houve muitos gritos celebrando a chegada à casa de Mutulu Shakur¹ e claro outros gritos e chamados pela liberdade de Mumia.
Como vocês recordarão, a Juíza Lucrecia Clemons havia indicado que iria ratificar sua decisão anterior contra uma audiência probatória para Mumia. Mas isto não aconteceu.
Depois da audiência, Johanna Fernández reportou às pessoas mobilizadas que a juíza não havia tomado uma decisão, o que devemos considerar uma vitória.
Por outro lado, a juíza deu aos advogados de Mumia de 60 a 90 dias para apresentar mais evidências a seu favor. Eles já haviam reportado a compra de testemunhas chaves como o taxista Robert Chobert e a trabalhadora sexual Cynthia White, como verificado nas 6 caixas de evidências encontradas em um armazém da Promotoria. Nesta audiência de hoje anotaram a presença de Kenneth Freeman no carro de Billy Cook, irmão de Mumia. Se supõe que Freeman era a pessoa que assassinou o policial Faulkner.
Uma segunda vitória, diz Johanna Fernandez, é a autorização pela juíza da revisão pela equipe de Mumia de outras 30 caixas de evidências também encontradas na Promotoria.
Em particular, interessa a Clemons as violações do caso Brady, a ocultação de evidências que poderiam ser provas de inocência, e do caso Batson, sobre a discriminação na seleção do jurado.
Se supõe que um fator que influiu na mudança de opinião da juíza poderia ter sido o Escrito Amicus recém apresentado que enfatizou o clima de racismo na Filadélfia no momento da detenção e julgamento de Mumia.
Quem seguiu seu caso durante muitos anos sabe da supremacia branca do juiz Albert Sabo, que disse a um colega, “Eu vou ajudá-los a fritar o negro” (usando a palavra mais depreciativa possível). Também se sabe que aquela madrugada de 9 de dezembro de 1981, Mumia recebeu uma bala no estômago e foi golpeado e pisoteado quase até a morte em um claro caso da violência policial.
Ao escutar a informação sobre as decisões da juíza, as e os compas na rua resolveram trabalhar mais duro que nunca pela liberdade de Mumia nos meses que vem. Sob uma chuva cada vez mais forte marcharam 10 quadras em resposta ao imperativo vocalizado por Gabe Bryant: organizar, fazer estratégias, galvanizar e agitar para que Mumia e todos os presos políticos saiam livres. Gritaram os nomes de Kamau Sadiki, Veronza Bowers, Imam Jamil Al-Amin, Ed Poindexter, Leonard Peltier, Ruchell Magee e Jo-Jo Bowen!
Liberdade PARA MUMIA ABU-JAMAL E TODOS OS PRESOS POLÍTICOS AGORA!
Tradução > Sol de Abril
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agência de notícias anarquistas-ana
Ventos nos umbrais
janelas antigas,
modernos varais.
Sandra Maria de Sousa Pereira
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!