Por Hamilton Santos
Durante a Primeira República o movimento operário brasileiro se desenvolveu e se fortaleceu. A partir da primeira década do século XX os setores mais combativos do proletariado se organizaram através do sindicalismo revolucionário, de inspiração libertária2. O sindicalismo revolucionário foi o mais combativo paradigma sindical, que organizou e protagonizou relevantes lutas por direitos trabalhistas e melhorias nas condições de sobrevivência dos trabalhadores. Operários anarquistas realizaram um grande esforço para construir uma agenda contra-hegemônica, uma visão de mundo própria, que lhes permitia entender a exploração burguesa e desenvolver a ideia de superação do modo de produção vigente. A experiência do movimento anarquista no Brasil foi intensa, forte e despertou uma brutal e constante repressão da classe dominante.
Em 1906, aconteceu o Primeiro Congresso Operário Brasileiro que organizou a Confederação Operária Brasileira em 1908. Essa organização operária tinha o objetivo de unificar as lutas dos sindicatos revolucionários sob a perspectiva anarquista. A influência da ideologia ácrata sobre os setores mais combativos do proletariado brasileiro ganhou grande importância em 1906 e durou até o fim da Primeira República (PEREIRA, 2012: 38).
Em 1913, aconteceu o Segundo Congresso Operário Brasileiro. Também foi organizado e influenciado pelo sindicalismo revolucionário. Os anarquistas estiveram na liderança dos dois primeiros congressos operários. Tal fato nos permite afirmar a hegemonia do sindicalismo revolucionário no movimento operário da Primeira República. A revolução bolchevique de 1917 influenciou os movimentos operários em diversas partes do mundo. A análise da influência do advento bolchevique nos meios operários brasileiros, organizados pelos anarquistas, socialistas e ‘sindicatos amarelos’, se faz necessária, pois o evento revolucionário alterou o desenvolvimento e trajetória das lutas sociais no Brasil e no mundo. Inicialmente, a Revolução Russa despertou euforia nos grupos libertários que militavam no movimento operário brasileiro. Muitos acreditavam que o movimento revolucionário russo era uma revolução anarquista que findou a exploração capitalista na Rússia. (BANDEIRA, 2017: 345).
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agência de notícias anarquistas-ana
O lírio levanta
no meio da noite
seu copo de leite.
Luiz Bacellar
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!