[Espanha] Crônica da Homenagem da CGT Valência a Lucía Sánchez Saornil

Mais um ano, em primeiro de junho, fomos ao túmulo de Lucía Sánchez Saornil, uma das fundadoras de Mujeres Libres, quando se completa o 53º aniversário de seu falecimento em Valência.

As companheiras e companheiros da Federação Local da CGT-Valência organizaram no dia 2J uma palestra-apresentação do livro da historiadora Laura Vicente, “La revolución de las Palabras. La revista Mujeres Libres“, no local da Avenida del Cid. Ali nos falou da revolução que protagonizaram as mulheres anarquistas e como a guerra interferiu em seu projeto inicial, de caráter mais cultural, adaptando-se sobre às novas circunstâncias e dando-lhe um novo significado para ser mais combativo. Nas intervenções do público participante ficou refletida a admiração por Lucía e as demais Mujeres Libres que recordamos conseguiram organizar-se na Federação Nacional de Mujeres Libres em 37.

No sábado 3J pela manhã, conjuntamente organizado pela CGT, CNT e a Plataforma de Memòria del País Valencià, realizou-se a Homenagem a Lucía no Cemitério de Valência. Em um ato simples e emotivo ante sua tumba se recordou a figura da poetisa vanguardista, a militante anarquista e ativista incansável Lucía Sánchez Saornil. Recordou-se como em um mundo de homens participou na imprensa Confederal, teve que sair para o exílio exterior e, mais tarde, decidiu voltar a essa Espanha obscura onde sua vida corria perigo. Por isso, após seu regresso à Espanha teve que esconder-se em Valência e de muitos aspectos de sua vida já não soubemos mais. Já não se conhecem novos poemas, não se conhecem relações com outras pessoas da Organização.

Por isso, em sua tumba América Barroso, sua companheira, pôs esta pergunta: “Mas é verdade que a esperança morreu?”. Desde nosso ponto de vista, e assim o refletiram as diversas intervenções das companheiras que falaram pelas organizações convocantes, se declarou que a esperança não morreu. O exemplo que nos brindou Lucía a todas: de entrega e de luta por um mundo melhor, ficou refletido em cada intervenção e serve de referência na luta atual.

Após colocar rosas e flores sobre sua tumba leram-se poemas escritos por Lucía e cantaram-se os hinos de Mujeres Libres, do qual ela também é autora da letra, e para finalizar entoamos “A las Barricadas” combinando de nos reunirmos de novo no próximo ano e a seguir difundindo a vida e obra de Lucía, Mercedes, Amparo e das milhares de mulheres comuns que fizeram coisas extraordinárias nas agrupações de Mujeres Libres.

Agradecer o trabalho realizado conjuntamente entre a Secretaria da Mulher da Federação Local de Valência, Carme Jareño, e a Secretaria da Mulher da Confederação Territorial de País Valencià e Murcia, Viki Criado para levar a cabo esta jornada de recordação.

Valência, 3 de junho de 2023

Texto realizado por Mulheres da CGT que participaram da Homenagem

Fonte: https://rojoynegro.info/articulo/cronica-del-Homenagem-de-cgt-valencia-a-lucia-sanchez-saornil/

Tradução > Sol de Abril

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Zezé Pina