Vítimas de esterilização forçada no Japão incluíam crianças

A lei, que ficou em vigor por 48 anos, forçava pessoas a passarem por operações para evitar que elas tivessem filhos considerados ‘inferiores’.

Duas crianças de 9 anos estavam entre a 25 mil pessoas que foram forçadamente esterilizadas no Japão sob a lei da eugenia pós-guerra do país, revelou um relatório do parlamento.

A lei, que ficou em vigor por 48 anos, forçava pessoas a passarem por operações para evitar que elas tivessem filhos considerados “inferiores”.

Muitas delas tinham deficiências físicas ou cognitivas, ou doença mental.

A lei foi amplamente reconhecida como um capítulo negro na recuperação pós-guerra do Japão e eliminada em 1996.

Na segunda-feira (18), o parlamento divulgou um estudo de 1,4 mil páginas aguardado há muito tempo, baseado em uma investigação do governo que começou em junho de 2020.

Ele reconheceu que cerca de 25 mil pessoas haviam sido submetidas às operações, mais de 16 mil das quais foram realizadas sem consentimento.

Para algumas pessoas foi dito que elas estavam passando por procedimentos de rotina como operações de apendicite, revelou o relatório. Governos locais na época tinham o poder de atribuir arbitrariamente a cirurgia.

As duas crianças de 9 anos que foram esterilizadas eram um menino e uma menina, segundo o relatório.

Tóquio pediu desculpas em 2019 e concordou em pagar a cada sobrevivente ¥3,2 milhões (US$28 mil).

Outros países que aplicavam políticas de esterilização forçada incluem Alemanha, Suécia e os EUA.

Eles também pediram desculpas e pagaram indenizações às vítimas sobreviventes.

Fonte: agências de notícias

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Carlos Seabra