As organizações CNT, CGT e a Biblioteca Anarquista La Maldita convocam a uma manifestação em Burgos para esta quarta-feira, 1º de maio, que iniciará a partir das 13:00 horas desde a plaza del Cid. Publicamos em seguida o manifesto conjunto por um 1º de maio revolucionário e combativo.
Por um 1º de maio revolucionário. Por um 1º de maio emancipador e combativo.
Poderíamos começar este texto como tantos outros do 1º de maio denunciando as más condições de vida da classe trabalhadora, os contratos lixo, a maquilagem ao capitalismo dos partidos de esquerda enquanto os abusos da patronal e do empresariado se sucedem.
Falar também dos casos repressivos a sindicalistas como os de “La Suiza” em Xixón, “os 6 de Zaragoza” ou a repressão brutal que exerce o Estado contra todos e todas as que obstaculizem seus planos de negócio.
Poderíamos seguir com as cifras de mortos em acidentes laborais (721), amputados e enfermos, e colocar o aumento com relação ao ano anterior em porcentagens.
Depois denunciar a corrupção do PSOE e do PP; a dos juízes e policiais, a de carcereiros e chefes. Denunciar também os meios de comunicação por mentir-nos uma e outra vez de maneira descarada, para manipular-nos em função dos interesses de seu pagador. E recordar também o perigo da fascistização social, a ameaça do punitivismo, do militarismo, do patriotismo e do belicismo ao qual nos arrasta o pensamento dirigido e dominante, assim como a deriva totalitária e repressiva adotada pelos Estados. Poderíamos falar-te dos perigos da tecnologia digital e da perda de uma parte muito importante da essência do ser humano. De como nos isola gerando um marco perfeito para a alienação capitalista.
Poderíamos denunciar os genocídios que assolam o mundo, as guerras e os interesses da indústria militar; o trato de seres humanos e as mortes nas fronteiras, delegacias e CIES. Neste mundo a morte gera dinheiro. A destruição da vida e do planeta geram dinheiro.
O duplo critério dos Estados, as duas caras do poder, a hipocrisia dos organismos internacionais que sendo parte do problema, tomam decisões que se traduzem em incontáveis perdas de vidas humanas.
E depois, o quê? Tomamos um chopinho e… até o ano que vem? Não!
Há que parar a maquinaria: a solução nós a temos, os e as trabalhadoras. Há que recuperar a greve internacional insurrecional como medida de pressão. Comprometer-nos com a luta por um mundo justo e apostar em defender a vida até suas últimas consequências. É urgente.
Basta de meias medidas. O capitalismo não é reformável. O Estado e suas instituições nunca serão neutras. Até que não acabemos com o capitalismo e o Estado, jamais seremos livres.
Basta de falsas esperanças, de discursos hipócritas, basta de seguidismos, basta de poses e eloquências.
Recuperemos o espirito revolucionário do movimento libertário, a solidariedade, o apoio mútuo, a ação direta, a desobediência, a ruptura, o conflito permanente com a dominação e com seus defensores sejam da cor que for.
Tomemos as ruas uma vez mais, apostemos pela revolução social frente à barbárie capitalista e genocida.
POR UM PRIMEIRO DE MAIO QUE NOS LEVE A UMA GREVE INTERNACIONAL INSURRECIONAL.
CNT, CGT, BIBLIOTECA LA MALDITA
Fonte: https://diariodevurgos.com/dvwps/por-un-1o-de-mayo-revolucionario.php
Tradução > Sol de Abril
agência de notícias anarquistas-ana
Folha no rio
vai para o mar sem volta –
chorão se renova.
Anibal Beça
Burgos nao é Galiza, mas pronto! :-P
opa, bora corrigir… :^)