Internacionalismo crítico e lutas: Para a construção de horizontes futuros desde as resistências e autonomias.
Poucos dias antes do 40º aniversário da fundação do Exército Zapatista de Libertação Nacional (EZLN), esta obra coletiva é lançada com o objetivo de refletir sobre algumas das lições que o povo aprendeu com seu desejo tenaz de transformar o mundo. A partir de perspectivas internacionalistas que abrangem amplas geografias, ela reflete sobre a Travessia pela Vida promovida pelas comunidades autônomas e pelo Congresso Nacional Indígena.
No turbilhão e no colapso que a humanidade está vivenciando na forma de uma múltipla crise sistêmica global, a prática coletiva de outras formas de organização nos permite transcender os problemas para construir sociedades mais justas. Nesse sentido, as resistências indígenas do México, sem a pretensão de representar uma vanguarda, propõem uma visão a partir de um internacionalismo crítico contemporâneo, produzindo um novo processo emancipatório e reconstitutivo em nível global. Com o objetivo de refletir sobre essas lutas e autonomias em um nível amplo, o livro é composto por 18 contribuições inéditas que se baseiam em quatro eixos: 1) O internacionalismo crítico no século XXI para transversalizar as lutas; 2) A importância das mulheres nos processos revolucionários; 3) Outra arte, outra cultura e outros meios de comunicação; e 4) Opções alternativas diante da crise global.
Este livro nos convida a uma viagem intergeracional que, em um âmbito plurivocal, pretende refletir e estabelecer diálogos a partir de insurreições, de diversos lugares de enunciação e em geografias muito amplas, que vão desde o internacionalismo histórico em Cuba ou El Salvador, assim como a fraternidade operária e a transição das lutas de classes para as lutas pela vida; as resistências antifascistas contra o franquismo ou na Alemanha nazista; além dos processos atuais em Abya Yala, como os de Oaxaca, Chiapas, o Mapuche Wallmapu, a defesa do território Mbya Guarani no Brasil ou o confederalismo democrático no Curdistão, entre outros.
O trabalho explora novas categorias enquadradas em contextos atuais, como a importância das emoções emancipatórias; a colonialidade no âmbito da modernidade e da revolução; a substância da arte como parte da práxis política; a necessidade de promover o artivismo e a mídia contra-hegemônica; a dupla resistência-rebelião; em suma, propostas como ecologias criativas e a estética da necropolítica; a transterritorialidade ou a espiritualidade nas lutas anticapitalistas, para mencionar algumas.
Reflexões coletivas e em rede, que buscam mergulhar em alternativas locais/globais radicais, cujo horizonte é construir “o grande nós que somos”, inspiradas nas propostas das comunidades autônomas zapatistas (EZLN) e do Congresso Nacional Indígena (CNI), que com a recente iniciativa da Travessia pela Vida que realizaram em Slumil K’ajxemk’op (Europa), nos convidam a sonhar com novos mundos.
Esta obra é co-editada pela Cátedra Jorge Alonso; CIESAS Ocidente; Universidade de Guadalajara; CUCSH UDG; CLACSO – Conselho Latino-Americano de Ciências Sociais; Grupo de Trabalho: Corpos, Territórios, Resistências; Instituto de Pesquisa em Educação da Universidade de Veracruz; Cooperativa Editorial Retos; Cátedra Carlos Montemayor; RERI. Red de Estudios sobre las Resistencias Indígenas e COTRIC – Colectivo Transdisciplinario de Investigaciones Críticas.
Você encontrará vozes fundamentais para o pensamento crítico contemporâneo, com autores como Gilberto López y Rivas / Alicia Castellanos Guerrero / Luis Hernández Navarro / Inés Durán Matute / Hernán Ouviña / Carlos Alonso Reynoso / Jorge Alonso / Márgara Millán / Carolina Díaz Iñigo / Lola Cubells / María Ignacia Ibarra / Bruno Baronnet / Francesca Cozzolino / Argelia Guerrero / Xochitl Leyva Solano / Raúl Zibechi / Azize Aslan / Raúl Romero, juntamente com a coordenação de Francisco De Parres Gómez.
Link para baixar:
Tradução > Liberto
agência de notícias anarquistas-ana
poço vazio
– mergulho –
rãsborrachada
Jandira Mingarelli
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!