Em 22 de janeiro de 1888, na Sala de Elysée, próximo do Rond-Point, de Le Havre (Alta Normandia), após ministrar uma conferência, a destacada militante anarquista Louise Michel sofreu um atentado. Horas antes, ao meio dia, no teatro da Gaieté havia dado outra conferência.
O bretão Pierre Lucas, sob os efeitos do álcool, se aproximou e lhe disparou dois tiros na cabeça pelas costas. Uma das balas foi detida por seu gorro e a outra a feriu não mortalmente, mas permaneceu em sua cabeça durante toda sua vida, produzindo-lhe constantes cefaleias, já que a intervenção cirúrgica era demasiado perigosa.
A polícia deteve Lucas quando este estava a ponto de ser linchado por mais de 2.000 pessoas que lotavam a sala. Nos círculos anarquistas se pensou que Lucas era um agente secreto da chefatura de polícia ou da direita orleanista, que na Normandia era bastante ativa. Durante o julgamento, Michel testemunhará a favor da absolvição de seu agressor, dizendo que, o que o acusado necessitava era da medicina, e não da justiça burguesa. Pierre Lucas foi absolvido e ingressou no Hospício Geral de La Havre, onde morreu de tuberculose em 16 de janeiro de 1.890.
ALEN
Fonte: pacosalud.blogspot.com
Tradução > Sol de Abril
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