Por que anarquistas se interessam tanto por gatos?

Eis as respostas de três anarquistas…

Como anarquista anti-civilização e admirador de felinos, eu vejo o amor pelos gatos como uma característica comum de pessoas que questionam a ordem social. Os gatos são o exemplo de como viver num centro urbano sem perder sua autenticidade. Eu também amo cachorros, mas os gatos são mais independentes, introvertidos, desobedientes, livres e imprevisíveis. Conviver com eles nos ajuda a manter uma conexão com os aspectos selvagens da natureza humana que são reprimidos pela civilização e nos ensina a amar sem controlar. Gatos e anarquistas compartilham o desrespeito pelas autoridades impostas. A esperteza, agilidade e elegância dos gatos também inspira praticantes de ações diretas e faça-você-mesmo. Eles também sabem como se divertir e se defender, sendo exemplos de sinceridade, resistência, curiosidade, alegria, carinho e raiva. Gatos são anarquistas naturais e podemos aprender muito com eles. – Contrafatual

Além do fato de que são muito fofos, acho que eu me sinto levado a defendê-los da acusação de que são antissociais. Defendê-los é quase uma forma metafórica de defender todo ser mal entendido ou deliberadamente atacado por não se conformar às expectativas dos outros. Isso é ainda mais interessante quando o ataque vem acompanhado da comparação com cachorros, como se a única forma de amar e conviver fosse alguma espécie de submissão absoluta. É muito injusto, e anarquistas não toleram injustiças! – Peterson Silva

Gostamos de gatos porque eles não respeitam a propriedade privada: é possível que você encontre um deitado em seu travesseiro se deixar a janela da rua aberta. Eles praticam cotidianamente a desobediência civil, contrariando nossa autoridade enquanto tomam água em todos os lugares, menos nas tigelas designadas para este fim. Te incitam constantemente à greve geral em propagandas pelo ato: se está frio, descansam no sol; se está calor, relaxam na sombra. Provocam micro revoluções diárias nos nossos afetos. Quem tem gatos, não precisa de deuses. – Mariposa (que, frequentemente, cai nas garras felinas)

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agência de notícias anarquistas-ana

Choveu de manhã:
as lagartas abrem trilhas
na folha de urtiga

Luiz Bacellar

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