Assim amanhece bem um dia e uma semana, com outra ocupação, com La Gatonera voltando à carga, com suas garras e presas bem afiadas. Nunca fostes, sempre os esperamos. 10, 100, 1.000 ocupações.
“Após a queda, cabe levantar-se. Não é a primeira nem será a última vez que nos golpeiam, mas nunca poderão nos parar. Continuamos com o projeto da Gatonera e tudo o que isso implica: uma atitude, uns valores inegociáveis e uma maneira de enfrentarmos esta realidade podre.
Vive-se momentos cruciais para a ocupação em todo o Estado. No novo modelo urbanístico das cidades (pensado como um produto de consumo) fixaram o ponto de mira nos espaços realmente combativos, dando duas opções à ocupação: sua institucionalização (para o consumo alternativo) ou sua morte. Ambos os caminhos acabam com a luta. La Gatonera não escolhe nenhuma das duas opções, mas se tem que cair, caímos lutando. Não há lugar nem para a negociação, nem para o pacto, nem para a rendição. Estes princípios moveram La Gatonera durante seus mais de 10 anos e por isso, em nosso último espaço apesar da perseguição constante, rechaçamos o dinheiro que ofereciam, nos mantivemos firmes após suas ameaças de nos enviar a Desokupa, e só com a ajuda da polícia, puderam impedir-nos de recuperar o edifício.
Queremos voltar a agradecer o apoio recebido durante todo o processo, sem o qual não teria sido possível resistir a um ano de ameaças e julgamentos. Em especial a todas as pessoas que se aproximaram nos dias posteriores ao que nos tiraram o espaço e a todas as pessoas que mostraram sua solidariedade de múltiplas formas. Apesar disto, somos conscientes de que devemos fazer autocrítica. A atitude e nossos princípios não se tocaram, isso é verdade, mas nos faltou dar uma resposta mais forte e contundente ante o desalojo. Talvez por não ter sabido tecer redes com o setor mais combativo de Madrid. O que temos claro é que não podemos permitir que lhes saia tão barato tirar nosso lar.
O sistema tem maneiras de redefinir-se e reconfigurar suas estratégias de ataque à ocupação. É por isto, que é preciso aprender e preparar-se para lutar contra suas novas ferramentas. Isto não é tarefa de um só centro social ocupado ANARQUISTA, coletivo ou individualidades, cremos necessário construir pontes entre os que compartilham princípios e modos de luta.
Com toda sua história e aprendizagem, La Gatonera buscará seguir sendo um projeto anarquista no qual se sintam bem recebidos e acolhidos todos aqueles que compartilham seus valores. Podes nos encontrar em Antoñita Jiménez, 60. Os convidamos a conhecer e participar em nosso novo lar!”
CLAUDICAR NUNCA, RENDER-SE JAMAIS!
MORTE AO ESTADO, VIVA A ANARQUIA!
La Gatonera
Tradução > Sol de Abril
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Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!