Declaração do preso político indígena Yaqui, Fidencio Aldama, em solidariedade ao preso político indígena Mazateca, Miguel Peralta.
Meu nome é Fidencio Aldama Pérez. Junto-me ao apelo à solidariedade com o meu companheiro Miguel Peralta. Após quase cinco anos de prisão, vivendo um processo judicial árduo e demorado, Miguel conseguiu sua liberdade depois que se provou que não havia provas para condená-lo por um crime. Devido à mesma situação, há mais de oito anos, seis companheiros permanecem presos sem sentenças, e outros quatorze estão sendo perseguidos por suposta “justiça”. Melhor dito, pela manipulação de certas pessoas, e pelo abuso de poder.
Em 4 de março de 2022, a Suprema Corte do Estado de Oaxaca revogou a liberdade de Miguel, emitindo um novo mandado de prisão buscando novamente impor uma pena de prisão de meio século, ou cinquenta anos.
Perante esta condenação e perseguição política, quero manifestar a minha solidariedade para com o meu companheiro Miguel Peralta, apelando a todos para que resistam a este caso de injustiça. O caso dele é parecido com o meu. Pela defesa de nossos territórios e autodeterminação, de nossos costumes e tradições, eles nos aprisionam injustamente. Eles fazem isso para nos intimidar. Através da intervenção de quem está no poder, e da corrupção a eles ligada, os aliados do dinheiro podem realizar seus objetivos.
Mesmo assim continuamos na luta pela autodeterminação, pelos nossos costumes e tradições. Fazemos um apelo à ação, para exigir que o tribunal atenda ao recurso interposto neste processo, para que façam os trabalhos que lhes correspondem.
Compañero Miguel Peralta, nem condenado, nem perseguido!
Fonte: https://itsgoingdown.org/neither-condemned-nor-persecuted-solidarity-with-miguel-peralta/
Tradução > Contrafatual
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Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!