[Espanha] Lançamento: Morte acidental de uma okupa

Homenagem a Darío Fo

Alma Lerma Guijarro

Obra teatral que denuncia a situação repressiva vivida pelo movimento okupa na capital sob o governo de Más Madrid. Ademais, não falta uma crítica divertida aos que integram o movimento.

Esta obra é uma peça teatral pertencente não só ao gênero literário crítico, mas mais concretamente ao gênero literário anarquista. Neste sentido, Morte acidental de uma okupa, de Alma Lerma Guijarro, não se limita a ser uma homenagem a Darío Fo, dramaturgo e ator italiano falecido em 13 de outubro de 2016; é, também, uma denúncia libertária da situação repressiva que durante os últimos anos está padecendo o movimento okupa em geral e o madrilenho em particular. Entre suas páginas, existe também uma crítica construtiva dirigida às pessoas que integram o mencionado movimento.

A obra se inspira especialmente na situação que padeceram os CSOA’s (Centros Sociais Okupados Autogestionados ou Anarquistas) com a estratégia repressiva que se impôs em tempos do governo do município da linha política Agora Madrid. A estratégia consistia em propor a legalização das assembleias dos centros okupados; no caso de que as assembleias se negassem a regularizar a situação de seus respectivos centros sociais, o município recorria à violência do Estado para executar o desalojo. Os CSOA’s entendem que legalizar a okupação significa claudicar ante o Estado e o capitalismo, razão pela qual resistem até as últimas consequências.

E continuarão fazendo-o…

La Rosa Negra Ediciones / Colección Afinidades Subversivas / 1.ª edición, abril 2018; 2.ª edición, octubre 2024 / 70 págs. / 21×15 cm / Rústica con solapas / ISBN 978-84-946-8862-1 / 7,00€ / larosanegraediciones.es

Tradução > Sol de Abril

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Dentro do grilo
Um grito verde
Desfolha-se.

Paulo Ciriaco

Feminismo e Anarquismo no Brasil: concepção pela experiência

Por Eloísa Benvenutti de Andrade | 17/12/2024

Habitualmente, quando falamos de perspectivas revolucionárias teóricas que almejam o socialismo, existe certo purismo em seus fundamentos. Diferente disso, a fundação do projeto e da prática anarquista possui seu alicerce na perspectiva ética da realidade, o que faz com que a doutrina anarquista não se limite à uma simples projeção de uma realidade futura. Se assim o fosse, seu porvir seria resultante de uma base moral fixa capaz por si só de alavancar o socialismo libertário. Esse não é o caso da construção do anarquismo.

Pelo contrário, o aspecto embrionário da perspectiva anarquista encontra-se num aspecto importante do Iluminismo, a saber, quando a inédita possibilidade de mobilidade social fez com que, ao menos teoricamente, todo e qualquer indivíduo fosse admitido como sujeito de razão. Isso significou que, a partir desse momento histórico, qualquer indivíduo seria entendido como capaz de pensar racionalmente e, por conseguinte, como capaz de fazer um discurso sobre si e um discurso sobre o mundo.

Nesse contexto é que o anarquismo adota uma concepção radical da existência, pois sua premissa concreta é a de que o ser humano, enquanto sujeito, é capaz de pensar radicalmente sua condição de vida, e, por sua vez, criticá-la e transformá-la. Portanto, o anarquismo é um projeto forjado nas condições e experiências concretas de vida dos sujeitos no mundo, e não sob condições abstratas e hipotéticas da realidade. Em sua origem, sua obstinação libertária não é delegada ao “outro”. Diferente disso, os anarquistas e as anarquistas se compreendem enquanto sujeitos em luta contra uma hierarquia coercitiva que aliena o poder do povo e do sujeito. Por conseguinte, cria barreiras à emancipação e à consolidação do poder popular, que é, entretanto, o tempo todo, factível nas experiências dos sujeitos.

Esta hierarquia coercitiva pode ser compreendida como a expressão da relação de comando e obediência que hierarquiza as diferenças que constituem o coletivo, como raça, classe e gênero, e que se realiza no que podemos chamar de cadeia de opressões. Nesse sentido, o anarquismo é um projeto que questiona a ideia de natureza humana construída à luz de abordagens teóricas, como dito acima, puristas da realidade política e social.

O questionamento libertário ocorre, justamente, em prol da reflexão crítica e permanente acerca das contradições do mundo, reforçando, assim, uma perspectiva enraizada em uma dimensão materialista do real. Por isso, o anarquismo não é um projeto estético. Isso quer dizer que existir no mundo, de acordo com seu propósito, não é algo que se realiza expressando-se apenas esteticamente. Portanto, a doutrina e a prática anarquista não resultam de um “estilo de vida” ou de um puro “ativismo”. Diferente disso, a concepção anarquista é, sobretudo, ética e funda-se em, ao menos, dois elementos importantes para a compreensão da realidade. Estes elementos nos ajudarão a tecer um breve comentário sobre a relação entre anarquismo e feminismo focando nas experiências das lutas brasileiras no início do século XX. Tais elementos, a saber, são o poder e o classismo.

A especificidade da presença destes dois elementos na história do anarquismo é que ambos são concebidos de forma inédita e radical. A singularidade do primeiro elemento é que, para os anarquistas, o poder não existe apenas como dominação, mas é algo presente e expresso por todo indivíduo, que está, entretanto, constantemente alienado dele pelas opressões que ele sofre. Já a peculiaridade do segundo elemento é que sua compreensão classista se opõe à ideia habitual de natureza humana supracitada, oferecendo assim, uma perspectiva também classista da natureza.

Isso é importante pois duas sentenças fundamentais em seu projeto decorrem justamente dessa sua abordagem original e revolucionária.

>> Para ler o texto na íntegra, clique aqui:

https://patosaesquerda.com.br/feminismo-e-anarquismo-no-brasil-concepcao-pela-experiencia/

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Nesse fim de mundo
Um girassol solitário —
A quem marca as horas?

Neide Rocha Portugal

[Espanha] lançamento: Mudar o sistema, não o clima. Vivências de oito “eco terroristas”.

Futuro Vegetal (coord.)

Prólogo de Yayo Herrero

Oito ativistas do Futuro Vegetal denunciam a criminalização de sua luta pacífica pela vida frente à crise eco social.

Estas páginas narram as vivências, motivações e sonhos de oito militantes e simpatizantes do Futuro Vegetal. Através de seus testemunhos, denunciam o que consideram uma resposta desmedida do estado ante seus atos de desobediência civil não violenta. Assinalam que os tacham de ‘eco terroristas’ e criticam que as multas, proibições, sanções e inclusive penas de cárcere que enfrentam não são mais que tentativas de criminalizá-las, quando sua única missão é proteger a vida frente à crise eco social que ameaça o futuro de todas as pessoas.

Futuro Vegetal é um movimento de desobediência civil não violenta nascido em 2022 que promove ações diretas contra a crise eco social, exigindo uma mudança no modelo agro alimentar para um baseado em vegetais de conformidade com o consenso científico do IPCC (Grupo Intergovernamental de Especialistas sobre a Mudança Climática).

Cambiar el sistema, no el clima. Vivencias de ocho “ecoterroristas”. 

Futuro Vegetal (coord.)

ISBN 978-84-1067-144-7

Páginas 96

13,00 €

catarata.org

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No jardim —
Dando passeio
Vai a borboletinha.

Paulo Ciriaco

[Espanha] 24/12/24 – Ninguém sozinho, ninguém com fome!

Nos reuniremos a partir das 17h no La Cinetika para cozinhar e por volta das 20h serviremos comida gratuita para combater a solidão entre todos e todas.

Qualquer pessoa que queira trazer algo para cozinhar ou algo preparado para partilhar é bem-vinda. Go vegan!

>> La Cinètika é um cinema ocupado, anticapitalista, independente e feminista localizado na Rambla Fabra e Puig 28, no bairro de Sant Andreu de Palomar.

A ocupação ocorreu em 2016. Desde então trabalhamos para dar vida a um espaço que estava abandonado e neste momento são dezenas de atividades semanais, além disso, alternativas de lazer ao ócio consumista são geradas por meio de acordos que são tomados em assembleias horizontais. Queremos continuar a ser autônomos, ampliar a participação e o envolvimento e aprofundar a nossa autogestão.

lacinetika.wordpress.com

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que flor é esta,
que perfuma assim
toda a floresta?

Carlos Seabra

[São Paulo-SP] Encontro Revolta 2024 | Roda de conversa: combate à cultura do estupro no techno

No dia 21 de dezembro, às 16h, nos reuniremos no Centro de Cultura Social para uma roda de conversa essencial sobre o combate à cultura do estupro no universo do techno. Vamos discutir como, enquanto festas e clubbers, podemos criar ambientes mais seguros e respeitosos, promovendo acolhimento e prevenção.

Curta-metragem: When the Music Ends (Quando a Música Acaba) | Este curta nos provoca a refletir sobre comportamentos nocivos e a cultura do estupro no contexto das festas de música eletrônica.

A presença de mulheres é essencial para garantir uma troca rica de experiências e visões sobre o tema, promovendo um espaço seguro e acolhedor para todos.

  • Data: 21/12/2024
  • Horário: 16h
  • Local: Centro de Cultura Social – Rua General Jardim, 253 – Sala 22 (próximo à estação República)

Importante: Chame no interfone para acesso

Vamos juntas fortalecer este movimento e garantir que a cultura do techno seja sempre um espaço de liberdade, respeito e consentimento.

https://www.instagram.com/p/DDLNow2uZhi/?igsh=cmV1YThreWowa2F3&img_index=1

https://www.instagram.com/coletivo.revolta/

https://www.instagram.com/centro_de_cultura_social/

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neve profunda –
as pegadas do gato
cada vez maiores

Ion Codrescu

Neta da histórica militante anarquista Angelina Soares (1901 – 1985), publica livro em homenagem à sua avó!

Flores e Ramos, de Ananita Rebouças: Um Romance Libertário Sobre a Família Soares!

Nas palavras da autora: “O livro ‘Flores e Ramos’ (Memórias Familiares) é um romance sobre meu tio-avô Florentino de Carvalho, precursor do anarquismo no Brasil e da minha avó Maria Angelina Soares, também militante do movimento“.

Esse livro que possui 60 páginas, acabou de ser lançado, em julho de 2024, pela Editora Conejo (São Paulo). Indicamos fortemente a aquisição e a leitura desse livro que, além de ter uma estética atraente, também tem um conteúdo bastante trabalhado, informativo, além de uma narrativa muito sensível, escrita em prosa poética. É um excelente documento para quem deseja conhecer mais sobre a trajetória libertária da família Soares, sob um aspecto familiar dessa história.

Quem tiver interesse em adquirir essa obra, que custa 50 reais (já incluindo as despesas postais), deve entrar em contato direto com a autora, em mensagem privada pelo Facebook ou pelo Instagram em: @ananitareboucas. Nas imagens, também tem o contato através do whatsapp…

Leitura altamente recomendada! Apoie os escritores e as publicações independentes!

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Nas frestas das árvores
o sol, a névoa, a poeira —
novo amanhecer

Marba Furtado

[Rússia] Em Moscou, um trabalhador incendiou o carro do diretor de uma empresa de construção

Uma disputa trabalhista em Bazovskaya resultou em um incêndio e em um processo criminal

A polícia de Moscou está investigando o ataque incendiário a um carro pertencente ao diretor de uma empresa de construção. O incidente ocorreu na rua Bazovskaya. O carro Haval foi completamente queimado.

A causa da disputa foi um atraso nos salários. Vladimir K., um trabalhador de 55 anos, estava insatisfeito com a situação e decidiu cometer um ato desesperado. De acordo com uma fonte da força policial, o homem não agiu sozinho: ele incendiou o carro do chefe junto com seus companheiros.

Como resultado, o carro foi destruído, com danos que totalizaram 1,7 milhão de rublos. A polícia prendeu o agressor. As circunstâncias do incidente e o papel dos outros participantes no crime estão agora sendo estabelecidos. Se for comprovada a culpa, os homens podem pegar até 5 anos de prisão.

As disputas trabalhistas geralmente levam as pessoas a tomar medidas radicais. Por exemplo, há um mês, em Krasnodar, a polícia prendeu um homem de 59 anos que havia incendiado um prédio de escritórios no vilarejo de Prigorodny. O motivo da disputa foi sua demissão. O homem pulverizou as instalações do escritório com um líquido inflamável e as incendiou. O fogo se espalhou por uma área de 700 metros quadrados.

Fonte: agências de notícias

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Sobre o varal
A cerejeira prepara
O amanhecer

Eugénia Tabosa

[Itália] Era uma vez. Indymedia: um exemplo de comunicação militante.

Há aniversários de todos os tipos, as pessoas se lembram, comemoram, até mesmo eventos muito distantes no tempo, tanto felizes quanto tristes, às vezes até esquecidos (ou desconhecidos) pela maioria das pessoas e até mesmo fatos que historicamente não têm base. Às vezes, essas ocasiões podem ser a melhor maneira de relembrar um passado conhecido ou de torná-lo conhecido para os mais jovens. Quando tudo dá certo, lições úteis podem ser aprendidas com essas histórias, como no nosso caso.

No final de novembro, em meio a sabe-se lá quantos outros aniversários, 25 anos terão se passado desde a criação do “Indymedia”, algo que, por razões de idade, não pertence à memória pessoal daqueles que hoje têm 20 ou 30 anos, mas que realmente vale a pena lembrar.

Tudo começou, não por acaso, nos últimos meses do último milênio, ou, se preferir, do último século, um daqueles momentos que têm o fascínio do fim de uma era, uma data que na história distante foi associada a eventos apocalípticos, muitas vezes ligados ao fim do mundo. E, de certa forma, algo semelhante pairava em segundo plano. Há alguns anos, um movimento transnacional vinha percorrendo o mundo, trazendo à tona uma geração que protestava contra uma globalização que estava piorando as desigualdades sociais e acelerando a destruição do ecossistema. Esse movimento estava claramente conectado e era a continuação de outros que haviam percorrido quilômetros nas ruas e praças de todo o planeta desde o final da década de 1950. Movimentos que nasceram, cresceram e depois desapareceram mais ou menos rapidamente do palco da História, aquele com “H” maiúsculo.

Em novembro de 1999, em um contexto em que entre as principais novidades surgiram – com toda a sua novidade disruptiva – a Internet e, acima de tudo, a Web, foi justamente da mistura desses dois ingredientes que decolou a primeira e até agora única tentativa de virar de cabeça para baixo o sistema tradicional de comunicação de massa.

Seria muito longo e complicado recontar a história do ‘Indymedia’; para os interessados, remetemos a este artigo antigo e aos recursos (bons e não tão bons) que podem ser facilmente encontrados na Internet. Neste caso, nos limitamos a apontar algumas das razões pelas quais essa história ainda deve ser lembrada em 2024, quando já se passou um quarto de século.

Naquela época, como agora, o sistema de comunicação de massa estava nas mãos de alguns centros econômicos, políticos e de poder, que eram os únicos com recursos para imprimir um jornal, operar uma rede de rádio ou televisão. Ferramentas capazes de transformar fatos em notícias, de construir uma narrativa do presente (mas também do passado) que fosse funcional ao sistema de capitalismo que, naqueles anos, comemorava sua vitória sobre o suposto “socialismo real”.

A criação do “Indymedia”, que começou com um simples site criado para documentar o que foi chamado de “Batalha de Seattle”, provou de forma conclusiva que mesmo um pequeno grupo de pessoas com recursos econômicos ridículos em comparação com os disponíveis para os gigantes da comunicação conseguiu montar um projeto capaz de produzir e disseminar informações independentes. Em poucos anos, a ideia inicial se transformou em uma verdadeira rede internacional que cresceu para mais de cem nós espalhados, embora de forma desigual, por todos os continentes.

Ao contrário do que havia acontecido antes, naquele ano de 1999 o movimento conseguiu se equipar com um sistema de comunicação e informação que era rápido, moderno e usava a telemática de uma forma completamente nova. Nos anos seguintes, várias iniciativas comerciais e não comerciais copiariam muitas das inovações técnicas usadas pela primeira vez pelo “Indymedia”.

Boas histórias nem sempre têm um final feliz, e foi o que aconteceu com essa também. Depois de mais ou menos uma década, a Rede, que havia tentado, muitas vezes com sucesso, combater o poder da mídia de massa oficial, perdeu força, principalmente porque o movimento que lhe deu vida enfraqueceu, quase a ponto de desaparecer. Mas as razões para esse desaparecimento também são outras e se enquadram, em sua maior parte, nas características de todos os movimentos sociais e são significativamente afetadas pelas transformações dos diferentes contextos históricos em que operaram.

O cenário atual é caracterizado, entre outras coisas, por uma extrema fragmentação das forças que trabalham pela mudança social e, nessa situação, também há diferenças na maneira como as pessoas se relacionam pessoal e coletivamente com a mídia digital. Nos últimos anos, o sistema oficial de mídia colonizou quase completamente a Internet e muitos estão sofrendo passivamente essa invasão, incapazes de imaginar alternativas pelas quais possam tentar escapar do controle generalizado que caracteriza a sociedade digitalizada.

A história do “Indymedia”, incluindo as falhas, embora tenha 25 anos, é um aniversário que merece ser lembrado e ainda tem muito a ensinar àqueles que têm vontade de aprender.

Fonte: https://umanitanova.org/cera-una-volta-indymedia-un-esempio-di-comunicazione-militante/

Tradução > Liberto

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A Brisa Que Sopra
É O Melhor Refresco
Neste Dia Quente

Leonardo Natal

[Espanha] Novo CSO em Zaragoza: seguimos ocupando, dando vida a espaços vazios

Vemos a sociedade que nos rodeia e não gostamos: aumento da gentrificação e privatização, repressão de movimentos sociais, auge do individualismo…

Seguimos okupando, porque necessitamos construir espaços coletivos onde possamos criar alternativas políticas, além de lugares horizontais para desenvolvermo-nos, a arte e o esporte livre. E claro, formação acessível e gratuita. E longe do ócio consumista que impõe este sistema.

Vamos defender a okupação como instrumento político.

Abrimos um Centro Social Okupado onde coletivos e individualidades possam agendar atividades e eventos. Um lugar livre por e para todos.

OKUPA E PREOCUPA

CSO La Fabrika de Chocolate

Calle Lourdes 7 – Zaragoza (Espanha)

https://www.instagram.com/cso_fabrika_chocolate

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na noite, o vento
vindo cheiroso de ver
madressilvas.

Alaor Chaves

[Espanha] “Comunicado da Regional Astúrias-León”: ANTE A ESCALADA BÉLICA NA UCRÂNIA

Comunicado:

Uma vez mais os dirigentes políticos, longe de advogar pelo bem estar social da cidadania, priorizam a economia de guerra e os interesses da indústria armamentista. A alarmante escalada bélica na Ucrânia, somada aos posicionamentos geopolíticos no conflito bélico, fazem pressagiar um avanço do conflito em escala mundial. Ante este lamentável panorama, desde a CNT Astúrias-León manifestamos nossa condenação a esta guerra de interesses que está se perpetrando e rechaçamos a posição do Estado espanhol ante o conflito que longe de exercer uma posição não beligerante respalda esta guerra incrementando o gasto militar.

Desde o início do conflito fomos testemunhas, uma vez mais, da inoperância dos dirigentes políticos. Desde Europa se criou o Fundo Europeu de “Apoio à Paz”. Mas por que o chamam paz quando querem dizer guerra? As fontes oficiais falam de 6.100 milhões de euros que não foram destinados às pessoas mais prejudicadas pela guerra, mas para reforçar a militarização do conflito. Na mesma linha, o Ministério de Assuntos Exteriores do Estado espanhol emitia um comunicado conjunto com vários países europeus no qual consideram imperativo fortalecer a OTAN e incrementar o gasto militar, manifestando que é possível que o aumento supere 2% do PIB.

Cada euro que se destina à guerra é um euro que falta aos investimentos em serviços públicos. A paz não se consegue com mais armas e estas medidas não fazem mais que minar o bem estar das pessoas e dos direitos sociais.

Em relação com a problemática exposta fazemos um chamado de mobilização à classe trabalhadora, é o momento de alçar a voz ante os tambores de guerra e defender a justiça social, a igualdade e a paz.

leon.cnt.es

Tradução > Sol de Abril

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Ao longo da estrada:
“A próxima descida trará
Mais quaresmeiras em flor!”

Paulo Franchetti

Nosso Anarquismo

Nosso movimento é frequentemente criticado por sua falta de conteúdo ideológico e essa objeção talvez não seja sem fundamento. No entanto, somos vítimas de uma falta de entendimento e má interpretação.

Se compararmos nosso movimento com aqueles de outros países, acredito sinceramente que suas “teorias” não são brilhantes. Mas se o proletariado espanhol não é educado no nível europeu, ele tem, para equilibrar as coisas, uma riqueza de percepção e uma intuição social muito superior. Nunca supus ou aceitei que o problema do aprimoramento intelectual pode ser resolvido acumulando mentalmente um grande número de fórmulas teóricas ou conceitos filosóficos que nunca serão levados a um plano prático. As teorias mais bonitas só têm valor se estiverem enraizadas em experiências práticas de vida e se influenciarem essas experiências de forma inovadora. É assim que operamos, e é isso que nos permite esperar muito do nosso movimento.

Não pretendo, longe disso, que a mediocridade intelectual seja uma vantagem. Pelo contrário, gostaria que todo proletário, todo camarada, esgotasse todas as fontes de aprendizado. Como não é o caso, devemos então agir, levando em conta as possibilidades reais de cada pessoa.

O anarquismo passou por várias fases durante sua história. Em seu período embrionário, era o ideal de uma elite, acessível apenas a algumas almas cultas que o usavam como uma crítica severa ao regime sob o qual viviam. Nossos predecessores não se saíram tão mal, pois é por causa deles que estamos hoje onde estamos. Mas camaradas, o tempo da crítica já passou. Estamos em processo de construção, e para construir, também é necessária energia muscular, talvez mais do que a agilidade mental necessária para exercer o julgamento. Concordo que não se pode construir sem saber de antemão o que se quer fazer. Mas acho que o proletariado espanhol aprendeu mais com as experiências práticas que os anarquistas os fizeram viver, do que com as publicações publicadas por estes últimos, que os primeiros não leram.

Deve-se tentar aumentar, tanto quanto possível, o conteúdo teórico de todas as nossas atividades, mas sem o ‘doutrinalismo seco e enrugado’ que poderia destruir, em parte, a grande ação construtiva que nossos camaradas estão levando adiante na luta implacável entre os que têm e os que não têm. Nosso povo defende a ação em marcha. É indo adiante que eles ultrapassam. Não os segure, mesmo para ensinar-lhes ‘as mais belas teorias’.

Título: Nosso Anarquismo. Autor: Francisco Ascaso. Data: 1937. Notas: Publicado pelo Comitê Peninsular da FAI em 1937.

anarkio.net

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é só um instante:
o beija-flor no ar, sugando
flor de laranjeira

Otávio Coral

Adoramos o Riseup!

Quando foi a última vez que partilhamos o quanto gostamos de fazer isto? Hoje, queremos dizer para vocês! Administrar o Riseup é realmente gratificante. Temos a oportunidade de nos envolver com pessoas maravilhosas que fazem um trabalho incrível na parte de ajuda a usuários, e temos pássaros incríveis que trazem as suas ideias e paixão para o nosso bando. Tudo isto fortalece a nossa missão de organização radical! Algumas de nós têm trabalhado no Riseup há mais de 20 anos. Como indivíduos, estamos comprometidas com essa luta a longo prazo e acreditamos profundamente na importância de comunicações seguras para o trabalho do movimento!

Um dos problemas de gerir um projeto como este são as necessidades crescentes em termos de mão de obra e custos. É preciso muito trabalho para cumprir os requisitos de um projeto com a dimensão que o Riseup atingiu. Projetos de dimensão semelhante têm 7 vezes mais pessoas envolvidas, em tempo integral e com benefícios, para garantir que os seus serviços funcionem. E enquanto tudo tem ficado cada vez mais caro, nós não – somos um serviço gratuito. Então, dependemos de todas as pessoas que fazem uso do Riseup para manter as luzes dos servidores acesas!

Aqui, olhamos o Riseup como um trabalho de amor e dedicação que constrói o mundo que sabemos que pode existir. Se você puder, ajude o Riseup a continuar a florescer – https://riseup.net/pt/doacao

PS: Durante as próximas semanas, como prometido, vamos partilhar algumas das histórias que vocês têm com o Riseup – se ainda não nos escreveram, ainda há tempo: outreach@riseup.net

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De flor em flor.
Cada abelha levando
recados de amor.

Cumbuka

[França] O “Dicionário anarquista para crianças”… mais de 10.000 cópias distribuídas até o momento!

Uma história incrível está acontecendo com este livrinho. Mais de 10.000 cópias foram vendidas em 2 anos.

Tudo de boca em boca e pela aposta de muitos e numerosos livreiros em apresentar este Dictionnaire anarchiste des enfants (Dicionário anarquista para crianças) na vanguarda dos novos lançamentos, cientes de que nestes tempos incertos e difíceis, este livrinho pode trazer algumas pequenas sementes de curiosidade e pensamento crítico para nossos filhos e netos.

Obrigado por continuar compartilhando essa linda história conosco.

Este livrinho foi pensado para questionar a relação das crianças com o mundo, oferecendo inúmeras definições acompanhadas de ilustrações, rompendo certos preconceitos que pesam no mundo e de forma simples explica certas noções, como religião ou igualdade, às crianças enquanto desenvolvem o seu pensamento crítico. Para ler em família, este dicionário está acessível desde o início do ensino primário. É um grande favorito da livraria!” (Marguerite Martin, da livraria Terre des Livres, em Lyon – maio de 2023)

Obrigado a todos os livreiros que distribuem este livro e fazem deste pequeno trabalho um grande sucesso.

atelierdecreationlibertaire.com

Conteúdo relacionado:

https://noticiasanarquistas.noblogs.org/post/2023/06/01/franca-lancamento-dicionario-infantil-anarquista-jorge-enkis-coletivo-anarquista-emma-goldman/

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Andando sozinho
De repente uma companhia –
Borboleta azul

Clóvis Moreira Santos

[Espanha] Lançamento: “Josefa Martín Luengo y la pedagogía libertaria”, de Alfredo Olmeda

Josefa Martín Luengo y la pedagogía libertaria” é o décimo nono título de nossa coleção central. Este trabalho de Alfredo Olmeda se propõe um triplo objetivo: oferecer uma introdução à pedagogia libertária, realizar uma aproximação da história e evolução das ideias educativas do movimento anarquista, e, sobretudo, mostrar a atualidade e riqueza deste legado através da figura de Josefa Martín Luengo. Um livro profundo, mas simples que, sem dúvida, será do agrado de quem esteja interessada/os no âmbito do ensino, mas que poderá ler, sem maior dificuldade, qualquer pessoa que tenha um mínimo de curiosidade intelectual:

Josefa Martín Luengo é uma figura fundamental do pensamento educativo anarquista nas últimas décadas. Seus textos, mas também sua trajetória como parte da Escola Livre Paideia, não receberam a atenção que realmente merecem. A riqueza de suas colaborações serve para atualizar o legado de pensadores do porte de Lev Tolstoy ou Francisco Ferrer y Guardia e demonstra a potencialidade da pedagogia libertária. As ideias de Martín Luengo são um sopro de ar fresco frente a um sistema de ensino preso entre empobrecedoras rotinas, um doentio apego por práticas tradicionais mais que questionáveis e uma incessante tentativa de adaptar-se às demandas do sistema econômico. Frente às pequenas opressões que inundam a cultura escolar, este trabalho se aproxima das ideias educativas desta pensadora não só para enriquecer os debates educativos, mas para refletir sobre as práticas da realidade escolar. Por isso, nas páginas deste livro se abordam as ideias fundamentais da pedagogia anarquista e a história do pensamento educativo libertário com o objetivo de contextualizar a figura de Martín Luengo e, como não poderia ser de outra maneira, também da Escola Livre Paideia. Frente à pedagogia oficial, que se apresenta como um oceano de palavras vazias, Josefa Martín Luengo representa a palavra viva (e simples) de uma educação que segue pulsando no dia a dia da Escola Livre Paideia.

Josefa Martín Luengo y la pedagogía libertaria

de Alfredo Olmeda

Páginas: 228 pp.

Tamanho: 18 x 14 cm.

Data/Lugar: Novembro de 2024, Madrid

€ 10

laneurosis.net

Tradução > Sol de Abril

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Vento.
A folha cai no chão
outras mais virão

Renata

[Chile] Santiago: Jornada pelos 110 anos da vingança de Antonio Ramón Ramón – 14 dezembro

Há 110 anos, em um 14 de dezembro, Antonio Ramón Ramón dava diversas punhaladas ao general Silva Renard nos arredores do que hoje é o Parque Ohiggins. O motivo: sete anos antes havia dado a ordem de abrir fogo contra as famílias obreiras refugiadas na Escola de Santa María de Iquique, no contexto da grande greve de 1907, onde foram assassinados mais de dois mil obreiros e famílias do salitre.

É por isso que tomamos este dia para a inauguração do Centro Cultural, Social e Desportivo Antonio Ramón Ramon. Convidamos a todos a partir das 11h00 a aproximar-se de nosso espaço e participar das atividades que temos preparada para passar uma jornada de esporte, lanche, memória histórica e música a cargo de bandas ao vivo e um sistema de som que estará retumbando a todo volume.

Os esperamos!

Coletivo Antonio Ramón Ramón

@colectivo_ar2/

Fonte: https://lapeste.org/santiago-jornada-por-los-110-anos-de-la-venganza-de-antonio-ramon-ramon-14-diciembre/

Tradução > Sol de Abril

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Toma nota, rapaz:
Hai-kai é a captura
De um momento fugaz

Lubell

[Espanha] Podcast | “Chuva com trovoadas” | #128 Animais, luta e rebelião

Começamos o curso com a energia e força que nos foi injetado pela leitura do livro “Insurrección Animal: Historias extraordinarias de rebelión y resistencia de los animales en la era del capitalismo global” de Sarat Colling, editado em castelhano por Errata Naturae.

Com os animais no centro de sua luta, descobrimos histórias de resistência, refletimos sobre a insurreição animal como uma luta política e a conexão desta com outros conflitos sociais, além da importância da solidariedade e o apoio mútuo interespécie, sendo os ativistas aliados com os demais animais para acabar com o sistema de opressão capitalista e especista.

Uma leitura inspiradora que quisemos desvendar e compartilhar neste episódio para seguir crescendo como ativistas.

Saúde e antiespecismo!

Neste programa soaram as canções:

Pelomono – Mono rabioso

Pink Floyd – Cirrus minor

Deja Vu featuring Tasmin – To derserve you

>> Para ouvir, clique aqui:

https://lluviacontruenosradio.org/128-animales-lucha-y-rebelion/

Tradução > Sol de Abril

Conteúdo relacionado:

https://noticiasanarquistas.noblogs.org/post/2024/08/21/espanha-lancamento-insurreicao-animal-historias-extraordinarias-de-rebeliao-e-resistencia-animal-na-era-do-capitalismo-global-de-sarat-colling/

agência de notícias anarquistas-ana

sol em plenitude
uma rã pula — em versos
barulho de Vida

Roséli