[Grécia] A raiva se estende aos campos de futebol

As (re)ações contra o Regime totalitário, a repressão e as duras medidas econômicas impostas ao povo grego, se espalharam para os campos de futebol e estádios no país.

No sábado, 22 de outubro, os torcedores do time de futebol de Atenas, Panathinaikos, ergueram uma faixa durante a partida de sua equipe contra o time de Creta, o Ergotelis. O lema que colocaram na faixa (foto em anexo) e o grito que foi ecoado durante o jogo: “Políticos criminosos, Parlamento dos acomodados, vão se afogar na raiva dos rebelados”.

O árbitro da partida, um tal Mitsi, parou o jogo por 7 minutos e exigiu que a faixa fosse retirada da arquibancada. Os torcedores do Panathinaikos ignoraram o seu pedido, seguindo gritando refrãos de conteúdo político. Após o término da partida, a Polícia lançou um verdadeiro pogrom contra os torcedores do Panathinaikos do lado de fora do Estádio Olímpico de Atenas, com bloqueios e revistas nos veículos e nas pessoas, para deter os portadores da faixa. Ainda fora do estádio, os torcedores responderam a Polícia com pedras e latas de fumaça, guardando a faixa para o próximo jogo. O Regime da Democracia não permite tais reações contra ela. A livre expressão é uma vigarice, onde ninguém mais neste país acredita.

No sábado, 22 de outubro, em Atenas, no jogo de futebol entre a equipe do bairro de Peristeri (oeste de Atenas), Atromitos, e a equipe da cidade de Ioannina, Pas, os torcedores de ambas as agremiações gritaram repetidamente: “Primeiro-ministro filho da puta” e “Policiais-vermes, assassinos”.

No domingo, 23 de outubro, em Tessalônica, em uma partida de vôlei entre as equipes do Hercules e do Apollo, foi pendurada uma faixa onde se lia: “Abaixo a Ditadura”. Tanto durante a entrada como durante a saída dos torcedores, foram registrados incidentes com os asseclas do Poder chamados guardas de segurança. Estes indivíduos receberam algo que mereciam: foram espancados pelos torcedores.

Na quinta-feira, 19 de outubro, em Tessalônica, no campo de futebol do Paok, ecoaram gritos contra o primeiro-ministro e o governo. Também foi pendurada uma faixa com uma frase contra a repressão policial. Alguns dias atrás, no mesmo estádio, os torcedores da mesma equipe haviam colocado outra faixa contra o primeiro-ministro. A Associação dos torcedores do Paok também tinha divulgado um comunicado contra a política do governo. Em seguida, a polícia secreta do Regime lançou outro pogrom para encontrar aqueles que haviam elaborado o comunicado.

Já é hora de unir e coordenar as reações de descontentamento contra o Regime totalitário que está tirando a nossa vida. Nos locais de trabalho, nas escolas, nas universidades, nas praças, nas ruas, nos estádios, em todos os lugares.

agência de notícias anarquistas-ana

O casulo feito
bicho dentro dele dorme
vestido de seda.
Urhacy Faustino