A máfia política e econômica do país decidiu, sem qualquer vergonha ou qualquer outro tipo de máscara, permanecer unida no massacre e enterro da base social.
A cortina do teatro da “salvação nacional” está se fechando e agora dá lugar à realidade de demissões, da pobreza, da morbidade, da incultura, da fome, da repressão implacável. Não será aceita qualquer reivindicação popular, não será permitido ouvir qualquer voz de resistência. Os “salvadores da pátria” tentarão com que a maldição da “salvação nacional” venha cobrir toda a sociedade. Os primeiros sinais do que eles querem aplicar vimos nas demissões em massa e nos cortes, na tentativa de fragmentar o povo rebelado, usando falsos dilemas como “violento” e “pacífico”, incluindo a criminalização do discurso político, a que está impondo aos lutadores presos.
No entanto, acabaram-se as mentiras.
O trabalhador, o desempregado, o estudante e a base dos aposentados da sociedade já enfrentam um verdadeiro dilema. Ou se deixa arrastar a indignação e a total submissão da nova Idade Média, ou organiza sua resistência, criando os mecanismos para defender seus direitos e garantir a satisfação de suas necessidades diárias.
Já estão se formando e testando algumas estruturas semelhantes, como redes de coleta, transporte e distribuição de artigos de primeira necessidade. Além disso, centros de saúde gratuitos, redes de cooperação e assistência mútua. No entanto, esses esforços devem se estender para as escolas livres do controle do Estado, locais de reunião e apoio das demandas laborais e sociais, milícias que defendam a sociedade como um todo da verdadeira ocupação, da fome e da miséria que já estão aqui.
Estes são alguns dos meios que a base dos oprimidos realizou em seu passado distante e recente, para resistir aos ataques de seus inimigos políticos e econômicos, para continuar sonhando e lutando por uma sociedade de justiça, igualdade e liberdade.
Não temos medo, não nos rendemos. Organizamos nossas resistências e continuamos a luta até a libertação social, sob todas as condições impostas a nós.
agência de notícias anarquistas-ana
Nas frestas das árvores
o sol, a névoa, a poeira —
novo amanhecer
Marba Furtado
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!