A La Junta de Buen Gobierno El Camino del Futuro del Caracol III de la Garrucha
A las comunidades Rebeldez Zapatistas
Al EZLN
A l@s compañer@s da la Sexta
A tod@s l@s compañer@s que luchan desde abajo contra las diferentes caras de la Hidra Capitalista
No Brasil, estamos em um grave contexto de crise econômica, e os povos indígenas sofrem em seus territórios com desterros, ameaças, assassinatos, reintegrações de posse e as mais diversas formas de opressão e violência, sendo expulsos de suas terras para que o capital internacional possa cumprir seus interesses genocidas e etnocidas, de mãos dadas com os latifundiários e grandes empresas de mineração e do setor energético, e assim os projetos de morte veiculados pelo projeto neodesenvolvimentista (ou neoliberal) do governo brasileiro se perpetuam em nome do progresso. Mas não iremos nos calar. Os Guarani-Kaiowá resistem no Mato Grosso do Sul na retomada de suas terras sagradas; Os Munduruku realizam a auto-demarcação de suas terras no Médio Tapajós; os Kaingang e os Mbyá-Guarani, no Rio Grande do Sul, enfrentam o avanço da soja transgênica; e tantos outros exemplos possíveis de resistência, da cidade ao campo, aqui em nossos calendários e geografias a revolução avança a passos lentos, como o Caracol.
Hoje, portanto, dia 19 de Julho de 2015, compreendendo que não existem fronteiras para a solidariedade e o apoio mútuo, alun@s da Escuelita Zapatista (Caracol La Garrucha) organizaram um ato de solidariedade durante o Dia de Ação Global em apoio ao EZLN. Os mesmos alunos já haviam organizado em conjunto com organizações anarquistas diversos ciclos de debate após a Escuelita para fazer caminhar a palavra, reunindo participantes destas ocasiões novamente. Nos posicionamos contra os ataques cometidos pelos (para)militares e pelo Estado mexicano, desde o assassinato do compa Eduardo Galeano, até as últimas agressões contra as bases de apoio em La Garrucha. As agressões consistiram na invasão da casa de um companheiro base de apoio zapatista, no povoado El Rosario, e dispararam tiros contra crianças. No mesmo dia dezenas de paramilitares invadiram os territórios recuperados, fortemente armados, e atacaram casas e espaços comunitários, além de roubar comida, animais e pertences.
Por esta razão, fomos às ruas de São Paulo, região sudeste do país, primeiramente na praça da Sé, localidade que já foi palco de grandes manifestações históricas na cidade, e realizamos panfletagem e confecção de cartazes, dialogando com a população que passava curiosa pelo local.
Logo após, caminhamos até uma praça nas proximidades, onde ocorria um evento musical agregando o ativismo ecológico e editoras independentes, e após nova panfletagem, participamos de uma roda de conversa com o Movimento Passe Livre, grande impulsionador das mobilizações de massa ocorridas em Junho de 2013 contra o aumento da passagem de ônibus, debatendo direito a cidade e autonomia. @s compas do MPL, entre eles e elas inclusive um aluno da escuelita zapatista, abriram espaço então para comunicarmos a tod@s as pessoas presentes (em torno de 200 pessoas) sobre as agressões cometidas pelo governo mexicano e pelos paramilitares contra o EZLN, e também um pouco sobre a história do EZLN e nossa experiência na Escuelita Zapatista, fornecendo elementos para pensar que um novo mundo é possível, onde caibam muitos mundos.
L@S ZAPATISTAS NO ESTÁN SÓLOS!
ZAPATA VIVE, LA LUCHA SIGUE!
SOLIDARIEDADE INTERNACIONAL, CONTRA O ESTADO, O CAPITAL E O PATRIARCADO!
VIVA O EZLN!
agência de notícias anarquistas-ana
De seguir o viajante
pousou no telhado,
exausta, a lua.
Yeda Prates Bernis
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!