Há quatro anos que o Capital está tratando de eliminar os horários de trabalho e o domingo como dia festivo. Seu fim é fazer-nos trabalhar como escravos 365 dias ao ano. Em 2013 foi aprovada uma lei que permitia o funcionamento das lojas sete domingos ao ano. Dos sete domingos ao ano, no verão de 2014 passamos à aplicação temporal da medida dos 52 domingos ao ano, e a finais de 2014 aos oito domingos ao ano. Em 2015 a lei anti-obreira se incluiu no terceiro referendo, deixando aberto o tema do funcionamento das lojas “mais domingos ao ano”. Em 2016 passamos aos dois domingos mais (além dos oito ao ano que previa a lei de 2014). Em 2017 chegamos aos 32 domingos ao ano.
Durante os últimos quatro anos há gente que luta com insistência contra esta ofensiva do Capital, de maneira auto-organizada, longe de partidos e de todo tipo de hierarquias e delegações. Apesar das sucessivas mobilizações realizadas durante estes anos por iniciativas e coletivos auto-organizados, a maioria dos trabalhadores no setor do comércio não está sindicalizada ou simplesmente alguns dos escravos assalariados são membros de algum sindicato vertical, havendo delegado a luta por seus direitos laborais a estes sindicatos vendidos à patronal, que não faz falta dizer que não fazem absolutamente nada para defender os direitos laborais de seu rebanho.
A insistência do Estado e do Capital de impor a abertura dos comércios aos domingos não tem fins comerciais. As vendas das lojas que permaneceram abertas aos domingo durante os últimos anos não aumentaram nada. Esta insistência tem motivos sociais e políticos. Os de cima querem vencer todas as resistências a seus planos de transformar a sociedade em uma massa de indivíduos dóceis e obedientes. Querem impor a escravidão e o totalitarismo. Seu fim é fazer-nos trabalhar todo o dia, dedicando nosso escasso tempo “livre” ao descanso para poder aguentar a intensificação do trabalho, ao consumo e em geral a todo tipo de atividade mercantilizada e controlada por eles.
Nos domingos 10 e 17 de setembro de 2017 a Coordenadora contra a abolição do domingo como dia festivo e contra os horários de trabalho “liberalizados” procedeu a bloqueios de lojas no centro de Tessalônica (e em outras cidades do território do Estado grego).
No domingo 10 de setembro os bloqueios convocados pela Coordenadora começaram às 10h30 em várias lojas como em H&M, Benetton, Calzedonia, Pull&bear, Vicko, Flomar, Intimissimi, English Home, Parousiasi, Bazar do Livro e Public. Notamos que no caso do grande armazém Notos o bloqueio do acesso à loja foi realizado pelo sindicato dos trabalhadores desta cadeia de lojas. No bloqueio participaram membros da Coordenadora e gente lutadora, solidária com a luta contra esta ofensiva do Capital a nossas vidas.
Nos bloqueios a atitude dos trabalhadores nas lojas foi positiva. Os consumidores consumistas que haviam chegado ao centro para comprar eram poucos. Às 12h se realizou uma concentração no centro da cidade. Uns minutos mais tarde os manifestantes realizaram uma marcha pelas ruas mais comerciais do centro de Tessalônica. Durante a marcha os trabalhadores em Notos permaneceram fora da loja, continuando o bloqueio. Uma vez terminada a marcha, os membros da Coordenadora regressaram a Notos, apoiando os trabalhadores na loja e participando no bloqueio, o qual durou uma hora e meia mais.
No domingo 17 de setembro se realizaram bloqueios em várias lojas do centro, entre elas em Bitsiani, H&M, Pull&bear, Vicko, Public e Notos. Os bloqueios começaram às 10h30 e duraram muitas horas. Esta vez houve conflitos limitados entre grevistas e consumistas lobotomizados. Além das conversações realizadas com esta gente, se gritou a consigna “Se queres fazer a compra aos domingos, prepara-te para trabalhar aos domingos”. Os bloqueios foram sucedidos por uma marcha pelo centro da cidade.
O texto em castelhano:
Tradução > Sol de Abril
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