Nestas últimas semanas têm se visto diversas noticias nos meios de comunicação sobre o crescimento da extrema-direita em Portugal e a violência perpetuada por estes grupos de cariz nazi-fascista.
Esta crescente onda de violência é algo que para nós não é uma novidade ou surpresa. Não o é, por ao longo dos últimos anos já se ter vindo a denunciar, organizar para fazer frente à violência gratuita, racista e xenófobas. Neste momento existem vários grupos antifascistas em Portugal, de norte a sul, que tem sensibilizado ao longo dos anos as pessoas para este problema, mas tem sido desacreditados por pessoas e partidos que minimizam a luta antifascista e que em muitos dos casos os mesmo se dizem antifascistas. Mais uma vez a realidade vem provar que o que temos vindo a falar/denunciar sobre grupos como os “Hammerskins” ou partidos como o “Partido Nacional Renovador” ou o mais recente “Nova Ordem Social” é mais que devido e não podemos descuidar dos outros que caminham camuflados e escondidos. Para além destes grupos, não descuidaremos os sucessivos governos que alimentam e deixam circular pelas instituições pessoas com ligações e perfiliações deste cariz. Queríamos também referir, que mais uma vez os meios de comunicação utilizaram a palavra skinhead de forma errada.
De uma forma muito resumida mas explicita, os skinheads surgiram na Inglaterra, eram jovens da classe trabalhadora que passaram a identificar-se com certos aspectos da cultura jamaicana trazida por imigrantes afro-caribenhos com os quais conviviam, a música que ouviam era sobretudo reggae e ska, e por estes motivos óbvios não eram racistas ou xenófobos.
Somos antifascistas de diferentes faixas etárias, de vários pontos do País, com visões políticas muitas vezes distintas, mas com uma ideia e luta em comum: antifascismo. Dito isto, e ao contrário do que os meios de comunicação possam dizer, não podemos ser comparados a estes grupos ou partidos de extrema-direita, porque não somos criminosos, apelamos à tolerância, queremos combater o racismo, a xenofobia, a homofobia, o machismo e qualquer tipo de opressão.
Torna-se urgente que as pessoas se informem, que se organizem, que se juntem à luta antifascista, que apoiem os núcleos e movimentos antifascistas das suas cidades.
Núcleo Antifascista de Braga, Núcleo Antifascista de Viana, Núcleo Antifascista do Porto, Núcleo Antifascista de Ovar, Núcleo Antifascista de Coimbra, Núcleo Antifascista de Lisboa – Margem Sul, Núcleo Antifascista da Madeira, Coordenadora Antifascista Portugal, Movimento “ Um Ativismo por dia”, Left Pride Portugal, GRRAP, Redskins / RASH Portugal, Sharp Portugal.
#FascistasNãoPassarão
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