Enquanto os jogos em distantes estádios de longínquas terras movem artificialmente a paixão de multidões, na Argentina outro jogo multiplica a pobreza, a indigência e o escárnio.
Com efeito, cada jogo da seleção nacional de futebol preenche minutos de TV, rádio e intermináveis debates. Não ocorre o mesmo, nem com a mesma paixão, nem com espírito crítico para com as manobras nas bolsas de valores, financeiras e do mercado de câmbio que a cada dia e a cada minuto empobrece um grande número de idosos, meninas, meninos, mulheres e homens.
Como dizia um famoso filósofo social do século XIX, o capitalismo afogou todos nas águas frias do cálculo econômico e do interesse mesquinho, assim, se instala uma sociedade individualista e egoísta. Aumenta a exclusão social e a violência em todos os níveis.
Quantioso e crescente o número de pessoas que devem comparecer a um comedor de bairro sustentado por voluntários para fornecer um prato de comida.
Longe dos discursos oficiais, esta é a cruel realidade de milhares de pessoas cujas necessidades não são atendidas nem com a habilidade de um drible ou uma boa defesa.
Sórdida sociedade que é indiferente diante do sofrimento e inflamada por um jogo de futebol.
Carlos A. Solero
Quinta-feira, 28 de junho
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Ipê amarelo —
O faxineiro varrendo
sem olhar pra cima…
Tania D’Orfani
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!