Uma atleta italiana negra de lançamento de disco, Daisy Osakue, de 22 anos, foi alvo de um ataque na madrugada da última segunda-feira (30/07), enquanto voltava para casa em Moncalieri, na região metropolitana de Turim.
Osakue, que é filha de pais nigerianos, mas nasceu e passou a vida inteira na Itália, foi atingida no olho por um ovo atirado de um carro em movimento e teve de ser levada a um hospital oftalmológico. “Por sorte, foi só um machucado. Alguns dias de repouso, algumas gotas de colírio e devo ficar bem”, afirmou a atleta.
A jovem não tem dúvidas de que foi atacada por ser negra. “Fizeram de propósito. Não queriam me atingir como Daisy, mas como uma garota negra. Eu já tinha sofrido episódios de racismo, mas apenas verbal. Quando se passa à ação, significa que se superou outra barreira”, disse.
Segundo a imprensa local, outros episódios de lançamentos de ovos contra Osakue já haviam sido denunciados nos últimos dias.
Casos recorrentes
A Itália tem convivido com recorrentes casos de agressão contra minorias, desde imigrantes e refugiados até ciganos. Na última quinta (26/07), um homem de 33 anos originário de Cabo Verde e que trabalha como operário em Vicenza foi atingido por um disparo com arma de ar comprimido enquanto estava em um andaime a sete metros de altura.
Já em Caserta, um solicitante de refúgio foi acertado no rosto, também por uma pistola de ar comprimido. Ambos passam bem. Uma menina cigana de 13 meses, no entanto, não teve a mesma sorte: ela foi atingida por um tiro de fuzil de ar comprimido disparado por um aposentado da varanda de seu apartamento, em Roma.
A criança não corre risco de morrer, mas pode ficar paraplégica. Além disso, no sábado (28/07), um solicitante de refúgio senegalês de 19 anos foi espancado enquanto trabalhava em um bar na província de Palermo e chamado de “negro sujo”.
Fonte: agências de notícias
agência de notícias anarquistas-ana
Porque não sabemos o nome
Tenho de exclamar apenas:
“Quantas flores amarelas!”
Paulo Franchetti
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!