Após os trágicos acontecimentos em Charlottesville (Estados Unidos), e a recusa inicial de Donald Trump em denunciar os nacionalistas brancos por trás de tudo isso, o movimento antifa aparece de repente em todo lugar. Mas… o que ele é, exatamente? De saiu? Desde que o fascismo existiu, houve antifascismo. Nascido da resistência a Mussolini e Hitler na Europa durante os anos 1920 e 1930, o movimento aparece agora nas manchetes em meio à oposição à administração Trump e à direita alternativa. Podemos vê-los nas notícias, muitas vezes vestidos de preto e com máscaras de esqui cobrindo seus rostos, manifestando-se na posse presidencial, protestando contra oradores de extrema direita nos campi universitários na Califórnia e protegendo, entre outros, a Cornel West e um grupo de ministros religiosos da violência neonazista nas ruas de Charlottesville. Os grupos antifas pretendem negar aos fascistas a oportunidade de promover suas políticas opressivas e proteger as comunidades contra os atos de violência promulgados pelo fascismo. Mark Bray fornece um estudo detalhado da história do antifascismo desde suas origens até os dias de hoje e, com base em entrevistas com antifas em todo o mundo, detalhando as táticas do movimento e a filosofia por trás dele.
Marky Bray é um historiador dos direitos humanos, do terrorismo e do radicalismo político na Europa moderna. Foi um dos organizadores do movimento Occupy Wall Street. Atualmente está terminando seu manuscrito “The Anarchist Inquisition: Terrorism and the Ethics of Modernity in Spain, 1893-1909”, que explora a emergência das campanhas de direitos humanos pioneiras na Europa e nos Estados Unidos em resposta à repressão brutal contra a dissidência por parte do Estado espanhol, como resultado dos bombardeios e assassinatos anarquistas. No Gender Research Institute em Dartmouth começará a trabalhar em seu próximo projeto, que explora as culturas de violência e resistência de rua emergentes nos movimentos sociais da Europa do pós-guerra ocidental e seu impacto sobre as concepções de masculinidade de esquerda no contexto do surgimento de concepções competitivas do feminismo. Bray é também o autor de “Translating Anarchy: The Anarchism of Occupy Wall Street” e co-editor de “Anarchist Education and the Modern School: A Francisco Ferrer Reader”. Seu trabalho tem aparecido em meios de comunicação muito diversos, como o Washington Post, Foreign Policy, Critical Quarterly, Revista ROAR, bem como em numerosos volumes editados. Atualmente é professor do Dartmouth College.
Antifa. El manual antifascista
Mark Bray
Capitão Swing Books, Madrid 2018
302 páginas 22×14 cm rústico
ISBN 9788494871078
19,00 Euros
Tradução > Liberto
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Podia ter o link pra baixar kk