Atenas: em 17 de novembro de 2018, após o protesto anual que comemora a revolta estudantil contra a ditadura militar em Atenas, Grécia (1973), e apesar do fato de que o protesto deste ano estava terminando de forma absolutamente pacífica, dezenas de policiais da tropa de choque cercaram o bloco negro pouco antes de sua dispersão e sem nenhuma razão aparente, nenhuma provocação, nenhuma desculpa, nenhuma justificativa, de repente lançaram um ataque maciço e arremeteram contra a multidão com cassetetes, enquanto disparavam gás lacrimogêneo e artefatos explosivos, criando o caos em uma área residencial do centro de Atenas, fora da estação de metrô Ambelokipoi.
Este vídeo serve como um lembrete de que assim é a democracia, ou seja, você não precisa provocar o Estado ou a polícia para que seja atacado, ferido, bombardeado com gás, preso, intimidado e perseguido. O Estado e a polícia irão julgá-lo apenas com base em suas crenças políticas ou ideológicas. Algumas pessoas argumentam que cenas como essas são evidências de um Estado fascista e não democrático, apesar do fato de que ataques como estes ocorrem em todo o mundo, em quase todos os Estados democráticos do planeta, tanto de esquerda como de direita. O governo do SYRIZA na Grécia é de esquerda, a grande maioria dos seus políticos ou membros se autodenominam socialistas ou comunistas e ainda assim se vê cenas de violência impiedosa por parte de seus policiais que são idênticas ao que acontece nos Estados governados por governos de direita.
Eles sequer temem que as pessoas façam uma conexão entre a comemoração de uma rebelião estudantil sangrenta esmagada por uma junta militar e o ataque brutal contra um protesto praticado por policiais armados e vestidos como soldados no mesmo dia, anos mais tarde.
O denominador comum é o poder.
Sem deuses, Sem mestres.
>> Veja o vídeo (02:45) aqui:
https://www.youtube.com/watch?v=Qa9rNcwsyvw
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agência de notícias anarquistas-ana
Passa um vagalume.
Quando vou dizer “Veja!”,
Me encontro sozinho.
Taigi
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!