C o m u n i c a d o
Nossa intervenção no palácio real da democracia burguesa resultou na prisão de um de nossos membros e em sua perseguição com pesadas acusações. Além das “típicas incriminações”, nosso companheiro também é perseguido pela depredação de um monumento “muito valioso” (segundo as autoridades), que “cometeu um crime” (segundo as autoridades) e pode pegar até 10 anos de prisão.
Ao escolher essa ação, sabíamos que tudo isso possivelmente se desenrolaria. Mas o ato político da greve de fome de Dimitris Koufodinas, juntamente com o dever moral de sermos solidários e baseado em valores de uma luta tão emblemática e tão urgente, que decidimos arriscar.
A “estranheza” vem da “justiça”, dos atrasos que o poder judicial e político joga nas costas do companheiro Koufodinas, que atualmente está na UTI (Unidade de Terapia Intensiva), também justificou nossa escolha e todas as outras escolhas de ação que ocorreram nos últimos dias. Não temos qualquer confiança ou otimismo sobre as manobras constantes da repressão estatal. E por essa razão continuaremos a luta permanentemente.
Finalmente, pelas acusações de destruição de um monumento de grande valor, dizemos que respeitamos, e todos devemos respeitar, os monumentos do patrimônio cultural. Porém, se o Estado achou que esse era o caso do prédio em questão, que não abrigasse ali o parlamento, coisa tão inútil.
Indubitavelmente, quando a base social da sociedade se livrar de seus governantes, este edifício será usado como um monumento original. Até então, porém, é o lugar onde as elites do império eleitoral, a chamada “representação” decide “inocentemente” nossos próprios destinos, é o lugar onde o capital regula os termos de exploração dos trabalhadores, é o palácio real da democracia burguesa.
Com uma mangueira de pressão, eles podem limpar a tinta dos mármores, passar um removedor na parede e o monumento estará restaurado, mas não, este não é o assunto deles, não é a questão. O problema deles é que chegamos às suas portas, o que os perturba é que o mundo da luta se intensifica todos os dias, por toda a Grécia, apoiando o grevista de fome Dimitris Koufodinas. E tudo isso acontece antes de seu grande festival democrático, as eleições – em que, aliás, pedimos que a base social da sociedade se abstenha.
Nosso companheiro passará por uma averiguação na sexta-feira, às 9h, nos tribunais de Evelpidon, no edifício 9.
Continuamos em rebeldia até a vitória da greve de fome de Dimitris Koufodinas.
Grupo Anarquista Rouvikonas
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Pisando as folhas secas.
Ryushi
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!