Reunidos em uma convenção conjunta, os ativistas da AL (Alternative Libertaire ) e da CGA (Coordination des Groupes Anarchistes) decidimos fundar uma nova organização revolucionária: a União Comunista Libertária.
Em um momento em que a crise do capitalismo está crescendo, gostaríamos de impor uma escolha entre a burguesia liberal no poder e a extrema direita em uma emboscada.
Rechaçamos e afirmamos, pelo contrário, que hoje é necessário levar a cabo outro projeto de sociedade baseado na democracia direta, na autogestão e no federalismo.
Não queremos um mundo adaptado aos que possuem riqueza, nem uma sociedade com cadeias, militarizada e cada vez mais sob vigilância digital.
Aqui, como em outros lugares, nos solidarizamos com os migrantes e os refugiados e com os que querem romper as fronteiras e romper o imperialismo, o neocolonialismo e, em particular, Françafrique.
Na França, a fúria dos Coletes Amarelos recordou, e com brilhantismo, ao poder que a luta de classes é mais relevante que nunca.
O poder não se equivocou ao utilizar contra este movimento uma violência estatal brutal.
Fizemos parte na mobilização dos Coletes Amarelos e participamos ativamente na luta de classes mediante a construção de nossas lutas, nossas greves, nossos sindicatos.
Sem cessar, em nossos lugares de trabalho, resistimos à exploração capitalista cotidiana. E a greve geral segue sendo nossa ordem do dia.
Na escola, lutamos cada vez mais contra a seleção social.
A União Comunista Libertária estará junto aos que lutam para destruir o patriarcado. Em nossas fileiras como na sociedade, lutaremos contra a opressão de sexo e de gênero, o sexismo e a LGBTIfobia.
Ante uma mecânica racista, estaremos na ofensiva e nos solidarizaremos com a luta contra a violência policial.
Continuaremos com os manifestantes que saem às ruas para denunciar a mudança climática e o colapso da biodiversidade da qual são responsáveis os capitalistas.
Aberta a todos aqueles que queiram construir outra sociedade, a União Comunista Libertária é a ferramenta que forjaremos cada dia, nas cidades e vizinhanças onde vivemos, no campo, para esboçar amanhã um futuro emancipado da exploração e de todas as dominações do mundo.
Um futuro que leva um nome e no qual depositamos nossas esperanças: o comunismo libertário.
Congresso de Allier, 10 de junho de 2019.
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