OPERAÇÃO PELA EXPANSÃO DAS HOSTILIDADES AOS CARRASCOS
Reivindicamos o envio de dois pacotes-bomba compostos de pólvora negra e dinamite dirigidos a Rodrigo Hinzpeter e o Chefe dos Carabineros Manuel Guzmán da 54ª delegacia de Huechuraba [comuna ao norte de Santiago].
Tomamos todas as medidas de segurança necessárias para que os artefatos explodissem unicamente nas mãos das pessoas objetivas de nossa ação. Nossos inimigos são claros, não nos interessa nem procuramos machucar ou ferir qualquer pessoa. Embora saibamos que todos somos parte do funcionamento do domínio, reconhecemos que existem graus de responsabilidade e os destinatários de nossos envios explosivos contam com um papel determinante tanto na gestão e acumulação do capital como no controle e repressão estatal.
São eles que tomam as decisões fundamentais no fortalecimento da opressão. Disso não há dúvida, e é por causa dessas opções que os atacamos em seus locais de operação.
Rodrigo Hinzpeter, ministro do interior do governo anterior de Sebastián Piñera, encarregado de desatar a repressão a comunidades mapuche em luta, a entornos anarquistas e a setores estudantis mobilizados e radicalizados no calor das lutas nas ruas. Carrega os cadáveres de Manuel Gutierrez, dos 81 presos da prisão de San Miguel e dxs feridxs das revoltas de Aysen e Freirina. Atualmente conta com um posto diretivo no grupo Quiñenco, pertencente ao infame grupo Luksic, cujos tentáculos se expandem em cada vez mais áreas, desde bancos até canais de televisão, transformando nossas vidas em mercadorias e valor comercializável.
Junto com o acima exposto, esta máfia empresarial planeja a partir desses centros operacionais, hoje vulnerados, a devastação da terra e cerco as comunidades mapuche por meio de suas empresas florestais.
Manuel Guzmán, chefe dos carabineros da 54ª delegacia de Huechuraba, quartel policial encarregado de reprimir e controlar o território onde, em 1998, seus antigos colegas assassinaram a companheira anarquista Claudia Lopéz durante os enfrentamentos de rua em setembro.
Qualquer delegacia é um alvo válido. Seus uniformes continuam sujos de sangue em todos os cantos da cidade, resguardando nossos inimigos usando a intimidação contra qualquer pessoa que saia desse campo minado de proibições que transformaram o mundo. É justamente nas delegacias onde os carrascos dão rédea solta à orgia de tormentos e golpes contra xs detidxs.
Vemos aparecer com uma bravata absurda, ocupando militarmente espaços de combates atuais, como são escolas secundárias. Já tentam em bairros pobres e cenários de enfrentamento nas ruas se refugiando em suas leis. Mas o desejo de liberdade transborda com o fogo qualquer obediência à autoridade e sua ordem.
A sociedade policial e carcerária é uma realidade. Qualquer ação contra ela é completamente válida.
Esta operação de dois ataques com explosivos são um claro ato de vingança e guerra contra indivíduos específicos que sustentam e dirigem este mundo. Suas atuações não foram esquecidas. Respondemos através da ação anárquica violenta é marcada e é uma contribuição para a nova guerrilha urbana.
Com estes atos, retomamos uma ferramenta histórica da confrontação anarquista que tem sido usada por diferentes companheirxs e grupos em outros lugares e épocas.
As explosões dos dois pacotes-bomba utilizados pelxs anarquistas irredutíveis no EUA durante 1920 ainda ressoam, o pacote com explosivos enviado ao carcereiro responsável pelas torturas ao anarquista Simón Radowitzky na Argentina ou os ataques durante as últimas décadas na Itália e Grécia.
Entendemos que a única forma de permanecer vivxs é golpeando os opressores. Sabemos que o Poder não cairá com esses ataques, mas não é por isso que ficaremos de braços cruzados. Golpeamos porque não contemplamos a passividade cidadã em nossas vidas. Nos afastamos das estruturas formais de combate para tomar em nossas mãos, reunidas em afinidade, o prazer do ataque.
Junto com os explosivos, este envio contém um caloroso abraço para roubar um sorriso daquelxs que estão sequestradxs pelo Estado: Juan Aliste, Marcelo Villarroel, Juan Flores, Joaquín García, Sol Vergara e xs presxs das prisões da Itália, Grécia e Rússia. Nâo xs esquecemos.
Buscamos contribuir para o enfrentamento multiforme com o Poder. Aquelxs que fabricam molotovs, planejam ataques, preparam barricadas e fecham as ruas, constroem explosivos, verificam os próximos alvos, dedicam tempo e imaginação para novos ataques contra o domínio. O chamado é para ampliar e qualificar os alcances de nossas incursões ofensivas.
Os poderosos são de carne e osso, são identificáveis, vulneráveis e destruíveis… Vamos por eles.
Ampliemos nossos limites de ataques: Sempre podemos buscar mais.
Desencadeemos as hostilidades destrutivas!
CÚMPLICES SEDICIOSXS /FRAÇÃO PELA VINGANÇA
Tradução > keka
agência de notícias anarquistas-ana
Casal de patos.
Mas o tanque é velho e a doninha
os vigia.
Buson
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!