[França] Saint-Étienne-de-Boulogne: Ataque incendiário contra a sede da Federação dos Caçadores de Ardèche

Segundo a imprensa local: na noite de quarta-feira, dia 24 pra quinta-feira dia 25 de julho, em Saint-Étienne-de-Boulogne, grande parte da sede Federação dos Caçadores de Ardèche foi destruída pelo fogo. Os bombeiros intervieram rapidamente, provavelmente devido a alarmes de incêndio, chegando por volta das 03h30 para extinguir as chamas que haviam consumido o covil dos caçadores. Os investigadores notaram que o incêndio havia sido iniciado em dois locais, um no observatório recentemente construído e outro em uma sala onde animais empalhados eram mantidos. 11 caçadores estão desempregados e terão que esperar nove meses para retomar o serviço. Nesta terça-feira, 30 de julho, uma reivindicação de responsabilidade foi publicada na Nantes Indymedia [https://nantes.indymedia.org/articles/46187]. Explica o método incendiário que foi usado, é expressado na íntegra abaixo.

Espasmo Antispecista

Ataque contra a caça

25 de julho, 02h45: um crescente incandescente sorriso em mim entre as estrelas. Em frente ao centro de treinamento de caça de Ardèche, um painel luminoso exibe 23°. Caminho em direção ao prédio, passando pelos alvos de animais pintados de madeira. O ódio sobe dentro de mim ao vê-los, aguçando minha determinação. Ao pé da fachada, chego aos últimos arbustos. Uma câmera assiste, logo estarei no seu campo de visão. Em meus pensamentos, já vivi dezenas de vezes o que está por vir. Pulei a barreira, subi no parapeito, subi até o corredor e corri para cobrir a câmera. No momento estou agachadx, já ofegando, meu coração batendo.

Respiro fundo e corro, cruzando cada obstáculo com sucesso, muito menos elegantemente do que imaginava. Abro minha bolsa, pego um pé de cabra e começo a forçar uma janela, sem nenhuma sorte. Com a mão livre, peguei o martelo, quebrei a janela e entrei. Alguns passos foram suficientes para fazer o alarme do sensor dar um grito. Me movi rapidamente para a primeira sala e derrubei cadeiras, mesas e um monte de caixas. Esvaziei uma lata de gasolina e abri uma janela. O fogo precisará de oxigênio. Então caminhei para o nível superior e repeti a operação. Havia poucos materiais combustíveis lá em cima, então empilhei alguns pequenos cavaletes sob a estrutura, esperando que as chamas o lambessem e consumissem. Derramei o combustível e acendi. De repente, uma luz forte e uma respiração poderosa tomam a sala. O alarme de incêndio dispara imediatamente.

Corro para a escada e as desço, pulando quatro degraus de cada vez, banho a pilha de móveis com gasolina, recolho o que resta da minha frieza e convoco as chamas novamente. Maravilhoso. Apetite desenfreado pelo fogo. Não há tempo para contemplação, ai, desço e saio. Estou seguro, o fogo está atrás de mim, os galhos de árvores na minha frente. Rio com alívio, o tempo está passando novamente.

Nesta noite, 11 pessoas perderam seus empregos de merda, já que o lugar estará (definitivamente) fechado. Raposas e texugos devem ter rido no vale. É claro que os caçadores vão encontrar outras instalações, treinar outros matadores, perseguir, caçar, mutilar outras vidas selvagens novamente. Mas é claro que estaremos lá, sabotando seus dispositivos, destruindo seus veículos e prédios, liberando futuros cães maltratados.

O ardor de ideias inexoravelmente exige ação.

Contra a infâmia da caça.

Contra a dominação e a exploração animal.

Solidariedade anarquista axs rebeldes antiespecicistas

Tradução > keka

agência de notícias anarquistas-ana

no mesmo banco
dois velhos silenciam
no parque deserto

Carol Lebel