O que dissemos ontem está confirmado!
Não só muitos dos policiais que ocupam Exarchia levam escudos fascistas, como os civis que atuam junto a eles tampouco são discretos. Nesta foto em destaque clicada ontem (28/08) pela manhã na esquina das ruas Bouboulinas e Tositsa, o homem da esquerda está com uma camiseta da “Opposta Fazione”, uma organização fascista italiana conhecida por seus numerosos ataques contra migrantes, sua forte presença entre os Ultras de Roma e seus estreitos vínculos com os neonazistas gregos.
Outros dois tipos vestidos de civil que iam e vinham ao redor de policiais foram vistos em Exarchia há duas semanas, um com um cinturão com forma de cruz celta e outro com a infame camiseta azul da rede de identitários “Defend Europa”, exatamente quando a capitã antifascista Pia Klemp estava visitando o bairro.
Claro, os vínculos entre o Estado, os grupos fascistas e a polícia não são novos, nem na Grécia nem em nenhum outro lugar. Mas a forma de operar agora em Exarchia, bairro conhecido por sua história antifascista e solidária (insurreição contra a ditadura dos Coronéis, ajuda aos migrantes, etc.), claramente se apoia nos piores inimigos do bairro, contra os antiautoritários e migrantes que vivem ali.
Uma prova a mais de que o antifascismo não pode limitar-se a lutar contra a extrema direita, mas que também deve lutar contra o Estado que o alimenta e, neste caso, com os que são usados uma vez mais como cooperantes da polícia.
O antifascismo não é a defesa ilusória de uma sociedade que é fundamentalmente autoritária frente a algum espantalho, mas a luta intransigente contra todas as formas de dominação, exploração e discriminação que impedem de viver juntos livres e iguais.
Yannis Youlountas
Tradução > Sol de Abril
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Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!