[EUA] New London, Connecticut: Anarquistas reivindicam terra deixada para apodrecer pelo poder eminente

Relatório de como a terra foi apossada pelo domínio eminente, então deixada para apodrecer pelos empreiteiros e como anarquistas reivindicam o espaço com um pomar e uma floresta de comida.

 Em 2005, a Suprema Corte dos Estados Unidos julgou a favor dos interesses capitalistas e assinou a sentença de morte para a vizinhança na fronteira da Fort Trumbull.

O bairro estava no caminho da expansão planejada pela Pfizer, e a batalha para pará-la foi um caso referencial em determinar se o domínio eminente poderia ser usado a favor de corporações privadas ou não. Foi uma luta longa e difícil que acabou com o direito das pessoas corroendo para as forças do capital, com total apoio do Estado.

Adicionar insulto a lesão; uma vez que os incentivos fiscais para a Pfizer acabaram, eles foram embora, deixando ao bairro demolido um terreno baldio mal acabado.

Este recente exemplo de luta com o poder não foi a única vez que o bairro ganhou notoriedade. Começando na década de 1880, chegando ao pico na década de 1920 e diminuindo até a década de 1970, o distrito de Fort Trumbull era um refúgio para os anarquistas italianos. New London hospedou muitos pensadores anarquistas internacionais da época e foi até local de confrontos barulhentos entre os fascistas camisas negras e os antifascistas na inauguração da estátua de Cristóvão Colombo.

Esta história foi amplamente esquecida e apenas conhecida por um número cada vez menor de pessoas, até que a história foi publicada recentemente em um livro compartilhada por nosso jornal local.

Mais de uma década depois, o bairro continua cheio, sem uso e não desenvolvido.

Temos plantado, casualmente, vegetais lá desde 2017, além dos esforços da nossa comunidade, mas quando um camarada da costa oeste entrou em contato sobre o Junho Verde, tivemos uma ideia.

Pela primeira vez em décadas, a anarquia reivindicou esta extensão esquecida de terra roubada. Iniciando em 24 de junho, começamos com árvores frutíferas, como também morangos, framboesas, cebolas e batatas. É um começo, mas é apenas o começo. Fazemos isso em honra dos rebeldes que vieram antes de nós: radicais e aqueles que simplesmente tentaram defender suas casas dos ataques capitalistas.

Pela primeira vez em anos, o antigo bairro de Fort Trumbull tem sido tomado de volta pelo povo.

Oficialmente, anunciamos nossa presença no espaço agora que temos mais de uma dúzia de árvores plantadas. O Pomar Memorial de Fort Trumbull está no caminho para quase 50 árvores até o final da estação. Modificamos a grande placa na entrada do antigo bairro e colocamos uma placa no próprio pomar. Recebemos uma resposta esmagadoramente positiva da comunidade e esperamos continuar este projeto com a eventual meta de tornar este terreno baldio em uma floresta de comida com um completo cumprimento de árvores frutíferas, arbustos, ervas, sombra de árvores e uma cobertura de solo comestível e simbiótica, para criar um ecossistema repleto de comida e vida, em total resistência ao Estado e suas leis.

Quando primeiramente anunciamos nossos esforços em plantar árvores na cidade, diversas organizações sem fins lucrativos entraram em contato, nos incentivando a participar de seus esforços em plantar árvores frutíferas, desde que seguíssemos suas regras onerosas e inúteis. Meses depois, eles continuam falando e nós temos um pomar e árvores por toda a cidade. A ação direta consegue as coisas, pessoal.

Até então não tivemos interferência do governo municipal. Suspeitamos que é por ser época de reeleição e destruir um pomar seria muito ruim. O tempo dirá como este projeto será tratado pelo Estado, mas uma coisa é certeza, não sairemos sem luta e o povo está do nosso lado.

Solidariedade hoje, amanhã e sempre de todos nós do Coletivo de Apoio Mútuo de New London.

Fonte: https://itsgoingdown.org/new-london-ct-anarchist-reclaim-land-left-to-rot-by-eminent-domain/

Tradução > A Alquimista

agência de notícias anarquistas-ana

O amanhecer,
Só cinco folhas douradas
No topo da Árvore

Rodrigo Vieira Ribeiro