[Bolívia] La Paz: Contra a crise social local e o protesto solidário no consulado chileno

Em solidariedade com xs reprimidxs e assassinadxs pelo Estado terrorista do Chile, nos concentramos e autoconvocamos em protesto contra o aumento dos preços do transporte e o desprezo pelas políticas de Piñera, que incluem uma crise de pobreza econômica e ambiental, por meio do controle da sociedade através da repressão mediante seus braços operantes militares-policiais. Portanto, expressamos nosso abraço solidário axs compas que estão lutando nas ruas, não por um governo melhor, mas pela destruição de todas as formas de Poder que representam privilégios para os estratos dominantes. Nos solidarizamos com aquelxs que lutam pela Libertação Animal dentro dos protestos, em repúdio aos gambés pelo uso de cavalos para reprimir e assassinar e milicos assassinando cães de rua, isso nos mostra a servidão incondicional a seu patrão chamado Estado.

Diante de uma iminente crise social em diferentes territórios, nos mantemos alertas ao que pode acontecer no território controlado pelo Estado plurinacional da Bolívia, no último dia 20 de outubro houve eleições presidenciais, nas quais, por meio de um episódio fraudulento, Evo Morales pretende se eternizar no Poder para executar o próximo passo de seu plano de “Processo de Mudança”, para nos levar a uma ditadura por meio da validação das eleições para um Estado similar ao da Venezuela, que implica pobreza, migração e uma forte repressão, como ácratas transbordamos com esses protestos que estão interessados em tomar o poder, não concordamos nem com a oposição que representa o retorno da direita ou da esquerda que atualmente governa e pretende se perpetuar na cadeira presidencial. O conflito é permanente, o ataque ao sistema implica constância na guerra social, não precisamos de ninguém que nos governe nessa luta, também transbordamos com os grupos “anarquistas” plataformistas que só reforçam a persistência do Poder e se identificam com a democracia.

Nos últimos dias, se enfrentaram bandos que defendem seu voto, um deles pede que Evo se eternize no Poder, astuciosamente tomaram de assalto os movimentos sociais nos últimos anos –sem o afã de vitimizar aquelxs que se deixam submeter por essas organizações orgânicas–, por meio dos grupos de choque, privilegiados economicamente, de aparente origem campesina e humilde, formam a nova burguesia, que não quer perder seu status, nos referimos aos “Pochos Rojos” (uma facção campesina do altiplano de La Paz), cocaleiros de Chapare (Cochabamba) e os Yungas (La Paz), a COB (Central Obrera Boliviana), as “Bartolinas” (grupo de mulheres indígenas da região altiplana), Federação dos Campesinos, CONAMAQ afim ao governo (Consejo Nacional de Ayllus y Marcas del Qollasuyo), CONALCAM (Coordinadora Nacional para el Cambio), CSUTCB (Confederación Sindical Única de Trabajadores Campesinos de Bolivia), CIDOB do governo (Confederación Indígena del Oriente), funcionários públicos de ministérios ameaçados de ser demitidos, e outrxs, essas organizações usam mecanismos de desinformação, multas e vetos que obrigam a maioria a sair para defender Evo, têm a proteção da polícia, dos militares, dos poderes executivo-judicial, em cumplicidade com os meios de “comunicação” de massas, cooptados pelo Poder em sua totalidade, se enfrentam com o outro grupo da direita, defensores de Carlos D. Mesa, o candidato opositor (governou junto com Gonzalo Sánchez de Lozada e este último fugiu da Bolívia por causa da chamada Guerra do Gás no ano de 2003, escapou antes de ser linchado pelas mortes causadas pela repressão em outubro daquele ano), a confrontação de ambos os grupos é alheia à luta pela Libertação Total.

Uma urna não resolverá nossas vidas, a democracia é usada pelo Capital para validar a exploração e o empoderamento de nossas vidas. O que nos resta é destruir toda forma de dominação e autoridade, para construir nosso próprio mundo.

Fonte: https://anarquia.info/la-paz-bolivia-contra-la-crisis-social-local-y-protesta-solidaria-en-el-consulado-chileno/

Tradução > keka

agência de notícias anarquistas-ana

A sensação de tocar com os dedos
O que não tem realidade –
Uma pequena borboleta.

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