Um orgulho ter marchado ao lado deste terno cãozinho.
Por Nathaly Lepe | 04/11/2019
É um ícone dos protestos no Chile, o protagonista de um documentário e um produto de exportação, depois que sua figura apareceu nas evasões registradas no Metrô de Nova York, em protesto contra a violência racista por parte da polícia contra um estudante que não pagou sua passagem.
Certamente com essa descrição já sabe que se trata de um dos cãezinhos mais famosos do país, o “Negro Matapacos” que nestas semanas renasceu no inconsciente coletivo, devido à explosão social no Chile.
O cão ficou famoso em meio aos protestos estudantis, por atacar cada vez que havia um enfrentamento com os carabineiros e defender os manifestantes. Sua figura ficou retratada em um documentário que o mostrava passeando como mais um dos estudantes do Bairro República, Universidad Central, Universidad Utem e a Universidad Usach.
Na página do Facebook criada em sua homenagem ele é apresentado como um “revolucionário nato, pai de 32 filhos (reconhecidos) e marido de seis senhoras, amigo do povo e o pior pesadelo da polícia”, esse é o “Negro Matapacos”.
Estátua na Praça Itália
Por isso, assim que manifestantes derrubaram a estátua do general Manuel Baquedano desde o local da praça que leva seu nome, em um setor nevrálgico dos protestos, abriram uma página na plataforma Change.org¹ para conseguir as assinaturas necessárias para instalar nesse lugar uma figura em homenagem ao “Negro Matapacos”.
“Queremos uma estátua do cão “Negro Matapacos” em Baquedano, para que cada pessoa que passe por aí o veja e recorde este herói, além de converter-se em um ponto de reunião para todos”, diz a petição na plataforma.
É que o animal é um ícone para os moradores da capital e através do Twitter, em letreiros, em fotos, adesivos, e até em esculturas de papel machê sua figura esteve presente em todas as manifestações.
Tradução > Sol de Abril
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agência de notícias anarquistas-ana
uma pétala de rosa
no vento
ah, uma borboleta
Rogério Martin
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!