Prefácio de Carlos Taibo – Epílogo de Ángel Cappa.
Futebol e anarquismo costumam aparecer como mundos dissociados, se não confrontados, por seus irreconciliáveis interesses e desenvolvimentos. Denunciado por ser uma invenção burguesa, seus efeitos despolitizantes e alienantes e por se tornar um negócio onipresente que arruinou seu senso lúdico, amador e popular, o esporte rei e seus vínculos e afinidades com os movimentos anarquistas ou libertários não são tão incomuns como possa parecer em princípio. Ambos têm origem contemporânea, sabem combinar a habilidade individual com a solidariedade coletiva, sem esquecer que foram as classes trabalhadoras e suas associações que se apropriaram desse esporte, que proporcionaram a possibilidade de competir em igualdade de condições e contribuíram para a sua popularização em todo o mundo. Este livro descobre uma face pouco conhecida das confluências passadas e presentes entre futebol e anarquismo. Da Argentina ao Chile, da Espanha ao México, da Inglaterra à Itália, da Croácia à França ou do Brasil ao Uruguai, seu autor segue as aventuras e as peripécias de vários clubes e torcidas fundadas ou ligadas em seus primórdios ao anarcossindicalismo e outros movimentos trabalhistas – muitos dos quais ainda existem e são conhecidos mundialmente, como Argentinos Juniors, Corinthians e Sant Pauli. Mas o passeio não pára por aqui e também oferece um panorama de times e torcidas mais recentes, uma expressão viva do que é chamado de “futebol popular” e “futebol alternativo”, que, sem aderir à identidade anarquista e libertária ou a suas doutrinas, defendem a dimensão coletiva, cooperativa, autogerida e não mercantilista desse esporte, enquanto se engaja em diferentes lutas sociais e políticas.
Fútbol y anarquismo
Miguel Fernández Ubiría.
Prólogo de Carlos Taibo – Epílogo de Ángel Cappa.
Los libros de La Catarata, Colección Mayor, 761. Madrid 2020
208 págs. Rústica 22×14 cm
ISBN 9788490979013
17.50€
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Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!