Jonathan Pollak, um anarquista acusado de atacar soldados das FDI (Forças de Defesa de Israel), foi libertado da prisão em Israel em 20 de fevereiro. Ele foi solto depois que o gabinete do procurador-geral de Israel decidiu contra o processo contra ele movido pela ONG de extrema direita Ad Kan (Até Aqui).
Pollak foi preso no dia 6 de janeiro depois que o grupo da extrema direita Ad Kan entrou com uma ação contra ele por protestar no Cisjordânia e supostamente “atacar soldados das FDI”.
Durante sua detenção, Pollak recusou pagar uma fiança NIS 500 para desistir “reconhecendo a legitimidade do sistema israelense”. Recentemente, o gabinete do procurador-geral ordenou uma investigação criminal contra Pollak por “incitação ao terror” em um artigo publicado online.
Mohammed Khatib, um dos camaradas palestinos de Pollak, escreveu sobre a prisão no mês passado na revista 972:
“Meu amigo Jonathan foi preso… (E não pela primeira vez) sob acusações semelhantes às que eu enfrentei. Diferente de mim… ele enfrentará o julgamento em um tribunal civil israelense, que deveria proteger os direitos dos cidadãos, mas na prática protege colonizadores, soldados, e aqueles que defendem o apartheid e a ocupação. Por ele apoiar a nossa causa, eu não espero que ele encontre justiça.
Devido a natureza de sua prisão, e por ele não ser palestino, Jonathan poderia pagar a fiança NIS 500 e sair da cadeia. Mas ele é uma pessoa de princípios Ele me viu e outros inúmeros amigos palestinos presos sob acusações falsas, impotentes para provar nossa inocência. Então, ele decidiu recusar a fiança e permanecer na prisão. Ele não vai jogar de acordo com as regras de um sistema fraudado contra a justiça“.
Ao mesmo tempo em que denunciava a ação da Ad Kan, o gabinete do procurador-geral ordenou que uma investigação criminal fosse aberta contra Pollak por “incitação ao terror e à violência” em relação a um artigo que ele escreveu no jornal israelense Haaretz.
Esse novo movimento é o próximo passo de uma série de políticas repressivas do Estado israelense e da extrema direita contra aqueles que se opõem às políticas coloniais israelenses. Isso começa depois que o ministro da defesa de Israel, Naftali Bennett, indicou que emitirá “ordens de restrições administrativas” para impedir que israelenses participem de manifestações em solidariedade aos palestinos. Em 18 de janeiro, Bennett disse:
“Hoje à noite, ordenei a FDI, pela primeira vez, emitir ordens de restrições administrativas contra ativistas anarquistas, que realizam atos violentos contra soldados da FDI, principalmente nos eventos realizados contra a cerca [de separação] em Bil’in, Naalin, Kadum e Nabi Salah – e são liderados por Jonathan [Pollak]“.
A ameaça de Bennett, calculada para coincidir com o processo da Ad Kan’s contra Pollak, sugere que o Estado israelense e grupos da extrema direita como o Ad Kan estão trabalhando de mãos dadas.
A resistência palestina ao Plano de Paz de Trump e ao colonialismo sionista continua.
Tradução > Brulego
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Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!