Estes primeiros meses de 2020 estiveram cheios de luta e insurreições ao redor do mundo: desde os protestos no Chile, as constantes manifestações no estado francês, desde os distúrbios na Grécia, a luta nas ruas do México. Nos encontramos em um momento onde as diferentes lutas sociais estão tendo eco nas ruas, onde estão se tornando mais fortes e visíveis. Parece que o Estado cada vez apresenta mais problemas para garantir a normalidade que tanto quer para manter o espetáculo capitalista. E ainda que a ansiada revolução global não parece caber no presente, o que é indubitável é que ainda tem individualidades que, com seus próprios meios, mantêm viva a chama da revolta e se negam a deixar suas vidas nas mãos do Estado.
Por hora, todos estes acontecimentos passaram para segundo plano com a crise sanitária provocada pelo COVID-19, ou como se costuma chamar, Coronavírus. Em 31 de dezembro de 2019, quando se reportaram os primeiros casos deste vírus na China, ninguém podia imaginar como se desenvolveriam os acontecimentos e agora mesmo também parece bastante difícil imaginar-se como terminarão. Em nenhum caso pretendemos parecer alarmistas nem aumentar a paranoia coletiva, mas sim que cremos importante dar nosso ponto de vista sobre a situação que estamos vivendo.
O controle social em apenas uma semana aumentou drasticamente e o pior de tudo é que não houve nem uma mínima resposta por parte da população (ou ao menos esta é a sensação que se teve desde a cidade de Barcelona). Não só conseguiram que sair de casa passe a ser um ato sancionável se não for para trabalhar ou “cobrir as necessidades básicas”, mas que o fizeram sem ter nenhum tipo de resistência. Desta maneira também se demonstra, uma vez mais, que o trabalho é a base fundamental deste sistema e que qualquer luta que queira acabar com este há de confrontar o trabalho assalariado. Com a informação que nos chega é impossível determinar se todas estas “precauções” tem algum sentido, mas tampouco temos que esquecer que a ciência sempre esteve a serviço do Poder e este a utilizou sempre para conseguir aquilo que buscava em cada época. Também queremos frisar que estas medidas fazem que a figura do Estado passe a ser, ao menos nas mentalidades da população, o protetor das cidades.
Assim as coisas, a situação das pessoas trabalhadoras e precárias também ficou gravemente afetada, seja pelos ERTE’s (Expediente Temporário de Regularização Temporário de Emprego) ou por não poder receber o salário para passar o mês (sejam pessoas com contrato ou sem). Com tudo isto também é importante destacar as subvenções que o Estado dá às empresas privadas e a carga econômica que isto supõe.
O importante agora é analisar quem se beneficia de tudo isto e quem pagará as consequências. O sistema econômico se baseia no investimento, no consumo e na exploração dos trabalhadores e dos recursos naturais, mas desta vez se está morrendo e o levam diretamente à outra crise com a desculpa da pandemia. Quando tudo isto se produza nos veremos dirigidos por nossos representantes eleitos “democraticamente” para inumeráveis reformas impostas pela União Europeia que unicamente buscam a salvação das oligarquias e o empobrecimento de nossas vidas. Com tudo isto fica claro que posição nós devemos tomar e que alternativas temos.
Com o panorama atual nós optamos pela auto-organização, o apoio mútuo e a confrontação: que ainda que não tenhamos gerado esta crise, a responsabilidade de solucioná-la recai sobre nós e não no Estado. Portanto, este poderia ser um bom momento para demonstrar que a solidariedade em nosso discurso não é uma palavra vazia. Demonstremos que a vida sem Estado não só é possível, mas necessária.
Este 1º de Maio, com o estado policial imperante seguramente não poderemos sair às ruas em manifestação como outros anos, mas isso não há de ser um impedimento para realizar ações contra o Estado, o Capital, em solidariedade com os presos em luta…
ATENTOS A POSSÍVEIS CONVOCATÓRIAS
Primeiro de Maio ASSINALEMOS OS CULPADOS!
Primer de Maig Llibertari
Tradução > Sol de Abril
agência de notícias anarquistas-ana
No campo queimado
ainda uma leve fumaça
Tronco resistindo
Eunice Arruda
nao existe comunidade anarquista em nenhum lugar do mundo, (no maxinmo sao experiencias limitadas em si mesmo com uma maquiagem…
ALEN = Ateneu Llibertari Estel Negre. Article tret d'Anarcoefemerides.
Defender o estado fascista ucraniano a soldo do imperialismo ocidental (tão mau ou pior que o russo) nada tem a…
Essa noticia e uma vergonha para a causa anarquista. Casos voces nao saibam, a comunidade das republicas separatistas que se…
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