[Itália] O antifascismo anarquista não parou no dia 25 de abril de 1945

Em quase 40 anos de atividade social e cultural sempre tentamos contar a história do antifascismo a partir de nossa própria história, a história do anarquismo, muitas vezes marginalizado e sem megafones, oposto há décadas por instituições se não tornado invisível pelas cerimônias obsoletas daqueles que sempre se sentiram o único detentor de uma resistência aproximada e de certa forma anti-histórica.

O antifascismo anarquista começou longe, já a partir da atividade do esquadrão fascista com as primeiras formações do Arditi del Popolo em junho de 1921, continuou no confinamento, na clandestinidade, mas também através do compromisso internacionalista que se viu no voluntarismo anti-franquista na Espanha quando os anarquistas acorreram.

Assim como após 1939 e o fim do sonho de uma revolução comunista libertária na Europa, pelo menos vinte mil anarquistas entraram nas fileiras da resistência guerrilheira, constituindo, sempre que possível, brigadas anarquistas ou mistas ou entrando nas formações garibaldianas.

Mas a história do antifascismo libertário certamente não parou no dia 25 de abril¹ e, tomando emprestado o famoso manifesto de Bruno Munari que cancelava o 1945 para substituí-lo por “sempre”, o compromisso de muitas e muitos companheiros nunca deixou de trilhar os caminhos da liberdade e da justiça social.

Amici Zapatisti

Tradução > Liberto

[1] O 25 de abril é a data que a Itália celebra o Dia da Libertação, feriado nacional. Aquele dia, em 1945, marcou a vitória da Resistência e o fim da ocupação nazista da Itália.

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Manuela Miga