45 dias de norte: dois punks brasileiros sem dinheiro pela Europa – dia 29, dia 28 e dia 27

Dia 29 – Feijão e debate

Acordei e entrei na internet (vício maldito, estava conseguindo me afastar dele). Minha mãe me disse via chat que minha irmã bateu o carro lá na Austrália, mas que tá tudo bem com ela, tava fazendo exames no hospital. Fiquei em dúvida se era isso mesmo ou se ela tava tentando não me assustar, mas ela sabe o que eu acho disso e não faria isso comigo. Leo acordou e foi comprar croissant e o jornal. Tomamos café e eu tentei ler o jornal, e percebi que ainda rola de ler e entender boa parte, como na época da faculdade e dos textos de geógrafos franceses em francês. Fiquei com vontade de aprender francês de verdade, quem sabe na volta[1]?

Dia preguiçoso, a galera da casa começou a preparar a feijoada vegana pra de noite, durante nossa fala. Ajudamos cortando legumes, mexendo os panelões, etc. Erica resolveu ir tipo num Ceagesp[2] daqui pegar comida que vai ser jogada fora, fomos com ela e com o cão dela, Kasai, um vira-lata preto enorme, um olho azul, outro castanho, dois anos e meio, bonzinho que só. Na casa deles tem também a Tima, uma pitbull bem velhinha que tem dificuldades pra andar, cujo dono é Mamede, um português. Chegamos no Ceagesp-Lausanne e não tinha nada pra pegar, infelizmente. Na volta paramos num mercado e Erica comprou algumas coisas pra  feijoada.

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Dia 28 – Tchau cariocas, oi Lausanne!

Acordamos numa preguiça desgraçada. Os cariocas tinham que dar um jeito de ir embora, de carona ou trem, e Allan e eu precisávamos esperar o contato do Leo pra ver que horas ele nos buscaria. Depois de muita enrolação e de terem acordado umas 2 horas depois do previsto, os cariocas não decidiram nada e a gente foi tentar encontrar comida no Espace Noir.

Com pouco mais de 10 francos do Marquinho, compramos pão, homus em lata e azeitona. A Sheila comprou uma maionese que o Roberto “leu” em alemão e disse que era vegan. Depois, a Raquel leu de verdade em francês e disse que tinha leite e ovo, ao que o Roberto respondeu que “em alemão era vegan”. Como estávamos na parte francesa da Suíça, os vegans acharam melhor não comer, hehehehe.

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Dia 27 – Areia, limão e sal

Incrivelmente nem acordamos tão tarde, era umas 10h ainda. Tomamos um banho pra diminuir a dor de cabeça, comemos e corremos pra pegar a oficina de autodefesa mista, que era às 11h. O camping já tava naquele ritmo de fim de evento, um monte de barraca faltando, outras desmontadas, pessoal indo embora já. Pegamos o funiculaire bem vazio e desembarcamos lá embaixo sem entender direito onde era a oficina. Nisso passou um cara fazendo cooper querendo ajudar, mas nem rolou porque nem ele conseguiu nem a gente soube se deixar ajudar. Escolhemos um lado da rua e fomos. Demos sorte e achamos o dojo onde seria a oficina.

Quem tava lá? Ari e os bascos, hehehe. A oficina seria dada por uma mexicana mestra em brazilian jiu-jitsu e membra do coletivo de MMA anarquista mundial, seja lá o que isso for. Ela precisava de voluntários pra traduzir pro inglês e lá fui eu. A oficina foi bem interessante, deu pra sacar uns movimentos legais, espero que nunca precise usá-los. Tinha uma menininha francesa sem par, uns 8 anos, pra fazer as atividades, virei eu a cobaia. Muito engraçada ela, hehehe. Como tinha a entrevista pra rádio às 13h, saímos antes do fim.

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agência de notícias anarquistas-ana

Tens frio nos meus braços
Queres que eu aqueça
O vento

Jeanne Painchaud