[Itália] Não é só racismo, é guerra de classes

20 dólares. Isso vale a vida de um homem nos EUA. O assassinato de George Floyd não é apenas um dos casos repetidos de discriminação, violência e opressão contra minorias, mas o exercício normal de um poder que é fundado na exploração selvagem e no empobrecimento crescente dos trabalhadores americanos.

A mesma emergência sanitária confirmou a enorme diferença entre aqueles que podem custear o tratamento, o qual é pago e inacessível a grande parte dos americanos, e aqueles que só podem morrer, sem mesmo poder pagar para fazer um exame para averiguar a doença.

Eles fazem passar como “sonho americano” a vitrine atrás de vitrines brilhantes de mercadorias que a maioria das pessoas não pode pagar. Então não há nada de anormal naquelas janelas que estão quebradas. Trump invoca o exército, pensando em resolver a revolta com um banho de sangue e declara que os grupos antifas são terroristas quando o único terrorista é ele.

Como anarquistas e antifascistas só podemos estar ao lado do povo em revolta e frisar que o único terrorista, assassino e explorador profissional é o Estado, que nunca perde uma oportunidade de se legitimar, semear ódio e desespero.

Hoje, domingo, 7 de junho de 2020, saímos às ruas para reivindicar nossa proximidade com todos os explorados e exploradas que tiveram a coragem de dizer basta sobre esses abusos e retomaram sua dignidade e liberdade.

Não é um problema de racismo, é um problema de guerra de classes!

Grupo Anarquista “M. Bakunin” – FAI/IFA

Tradução > Liberto

agência de notícias anarquistas-ana

O velho lago…
O ruído do salto
Da rã na água.

Bashô