Ontem (07/06), uma multidão de Bristolians enfurecidos finalmente derrubaram a estátua de Edward Colston – um dos comerciantes de escravos mais prolíficos do país, embora pouco conhecido – fora de seu poleiro no centro da cidade, despejaram sem cerimônia o pedaço de bronze horrendo nas docas da cidade enquanto uma multidão extasiada aplaudia.
Muitos Bristolians descreveram como “o melhor dia da minha vida” e expressaram alívio que esse flagrante símbolo de racismo e acumulação capitalista a qualquer custo agora tenha desaparecido para sempre. Até a cobertura da mídia foi favorável, Supt Andy Bennett, da Avon e Somerset, disse que a estátua “era causa de muita revolta à comunidade negra nos últimos anos e eu entendo por que isso aconteceu”.
A pressão para fazer algo sobre a estátua de Colston – um chefe da Royal Africa Company e mais tarde na ainda próspera e influente Sociedade de Empreendedores Comerciais de Bristol – vem se acumulando há anos. Mas as autoridades cívicas, especificamente o conselho da cidade, a Igreja da Inglaterra e os empresários, eram relutantes, dando desculpas ridículas para Colston e a presença contínua de seu monumento ofensivo à escravidão no coração de Bristol.
Em 2015, o Bispo de Bristol disse a uma congregação de crianças na Catedral de Bristol, forçadas a participar de uma comemoração a Colston ao frequentar as escolas de comércio (Merchant Venturer) na cidade, que “ainda há especulações sobre algumas das circunstâncias em torno das raízes de seus negócios”.
Mentira completa. Registros escritos nos dizem que Colston foi diretamente responsável pela escravização de mais de 84.000 africanos (incluindo 12.000 crianças), dos quais mais de 19.000 morreram a caminho do Caribe. O que está aberto à especulação nisso?
Os ânimos contra Colston voltaram a explodir na cidade no ano passado, quando um esforço do prefeito negro eleito da cidade, Marvin Rees, para obter uma ‘placa corretiva’ colocada na estátua desmoronou. A placa original, elaborada por historiadores locais, foi entregue a oficiais sombrios do conselho e aos Empreendedores Comerciais e foi modificada ao ponto em que os historiadores retiraram seu apoio e o covarde Rees deixou a questão de lado. Tornou-se claro para a maioria dos Bristolians que a única maneira de se livrar dessa mancha em sua cidade era remover a estátua eles mesmos e este fim de semana finalmente proporcionou a oportunidade.
Fonte: https://classwar.uk/2020/06/08/racists-get-in-the-sea/
Tradução > A. Padalecki
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Os dias se alongam.
Hisae Enoki
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!