Por Keith McHenry | 10/06/2020
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Este projeto de lei pode tornar ilegal estar associado com o Food Not Bombs (Comida Sim Bombas Não) nas Filipinas e os nossos voluntários podem estar se arriscando a longas sentenças de prisão ou até mesmo a serem mortos por alimentar os famintos.
Com base em discussão com ativistas autônomos locais que atuam no Food Not Bombs (FNB) que operam em várias localidades em Visayas, Mindanao e Luzon e também contrapartes internacionais de diferentes partes dos EUA, Canadá, Malásia e Tailândia; afirmamos que o Food Not Bombs é uma ação solidária e não violenta contra a injustiça social. O FNB nasceu como uma campanha anti-guerra que condena a violência perpetuada pela desigualdade através do controle de recursos por meio de armas e a centralização do poder político.
O FNB condena todas as formas de violência física realizadas através da guerra, principalmente levadas a cabo por agentes do Estado e grupos armados que usam o seu poder militar para intimidar e coagir pessoas e comunidades. A iniciativa do FNB promove atividades não violentas, como a partilha de alimentos, informações e habilidades para pequenas e marginalizadas vítimas de violência estrutural como pobreza, fome e ignorância.
O Food Not Bombs não tem liderança central; tem grupos autônomos de voluntários que defendem os princípios do respeito e do antiautoritarismo. É contra quaisquer relações políticas que se baseiem em processos hierárquicos. O FNB é uma iniciativa independente que não é afiliada a organizações políticas ou grupos de caridade sejam eles partidos governamentais, blocos políticos ou organizações de esquerda.
Questões de saúde, pobreza, fome, falta de abrigo e crise ambiental são problemas transversais que sistematicamente oprimiram famílias, mulheres, homens, crianças, pessoas com deficiências, idosos e comunidades LGBTQ no Arquipélago. Os políticos e as suas forças armadas exploram a situação da pandemia para avançar os seus interesses, que incluem a abertura total da economia local e dos recursos naturais para corporações transnacionais e investidores através de um esquema autoritário. Em vez de formular políticas relevantes para resolver os problemas mencionados acima, o governo priorizou o Projeto de Lei Anti-Terrorismo de 2020.
As pessoas em geral serão afetadas pela política opressiva que está sendo proposta pela administração e pelos seus aliados. Nós, voluntários do FNB de diferentes partes do mundo, somos solidários a diferentes grupos, coletivos e indivíduos que lutam contra o Projeto de Lei Anti-Terrorismo de 2020 no Arquipélago das Filipinas.
O FNB acredita que ninguém é dono desta luta; a luta contra o projeto de lei do terrorismo é uma luta comum que devemos compartilhar. Acreditamos que todos os setores, classe e status das pessoas na nossa sociedade estão lutando contra o governo em várias frentes para derrubar o projeto de lei. Alguns em batalhas legais, alguns em advocacia e campanhas enquanto outros estão organizando diferentes atividades para expor e criticar a política.
O FNB abomina o Governo das Filipinas no seu esforço para acelerar a aprovação do projeto de lei a meio da crise de saúde. Em muitos casos, as lutas comuns vencidas através do esforço coletivo estão sendo monopolizadas particularmente pelas oposições tradicionais e grupos autoritários de esquerda. Estes grupos visam tomar créditos para se posicionarem como líderes da resistência. Enfatizamos que o FNB não reconhece a oposição dominante nem nenhum grupo de esquerda como líder ou proponente da luta. As pessoas já estão lutando contra os aparelhos do Estado opressivo desde o advento da colonização e estamos enviando a nossa solidariedade para as pessoas que estão genuinamente lutando pela liberdade, não pelos seus ganhos políticos e agenda econômica.
#stopantiterrorbill2020#foodnotbombs#junkterrorbill
>> Keith McHenry é o cofundador do Food Not Bombs, que acabou de completar 40 anos.
Tradução > Ananás
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dá cor ao meu dia.
Anibal Beça
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Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!